Por que comprei uma point-and-shoot em vez de fotografar viagens com meu iPhone • B9

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Por que comprei uma point-and-shoot em vez de fotografar viagens com meu iPhone

Uma escolha por memórias mais nítidas

por Jacqueline Lafloufa

Desde 2008 sou uma orgulhosa proprietária de smartphone. O primeiro que tive era um Nokia E71, e a experiência era lifechanging. Finalmente eu podia parar de fazer algumas anotações e simplesmente tirar fotos para lembrar do que queria. Podia parar de usar o caderno e anotar as aulas no bloco de notas do aparelho. Marcar os trabalhos na agenda e ser lembrada dias antes, pra não perder o prazo de entrega. Eu adentrava o lindo mundo dos celulares inteligentes.

Mas naquela época a qualidade das imagens era terrível. Pior que a da webcam xing-ling que eu tinha em casa. Não dava pra guardar imagens boas o suficiente, e viagens e festividades exigiam carregar comigo uma câmera digital minimamente decente.

Menos de 4 anos depois, eu adquiri um iPhone. O iPod Touch tinha me convencido de que era efetivamente possível digitar em um teclado virtual (sdds, tecladinho do Nokia) e o tamanho da tela e qualidade das imagens que ele registrava eram infinitamente melhores. Nunca mais anotei o que os professores escreviam na lousa: eu tirava uma foto e pronto.

Nesse mesmo fatídico 2012, eu adquiri uma Canon point-and-shoot. Tadinha, o azar dela foi chegar junto com o iPhone. Era quase que impossível para a Canon competir com a onipresença do meu iPhone. Ele estava comigo por todos os lugares, enquanto a câmera não. E a qualidade das imagens não era assim tão diferente.

Em menos de 6 meses jazia a Canon aposentada na minha gaveta do home-office, com a obsolescência programada mais rápida que eu já tinha experimentado.

O que me jogou na cara a falta de qualidade das minhas imagens do iPhone foi colocá-las para rodar em um álbum no Chromecast da minha TV

Fast-forward para 2015 e cá estou eu, adquirindo novamente uma point-and-shoot, sob protestos dos amigos e do marido. “Pra que você vai usar isso quando você tem um smartphone que faz fotos?”, me diziam as pessoas, querendo me convencer de que aquilo era um desperdício. Mas se elas tivessem visto a minha cara ao perceber que minhas fotografias de viagem de 2010, feitas com a câmera basiquinha da Sony que minha família tinha, eram infinitamente melhores do que as que eu tinha batido em 2012 com meu iPhone, elas me entenderiam.

Adentrei a Best Buy determinada a comprar o que eu chamo de ‘câmera de turista’. Queria uma lente boa, resolução razoável, boa bateria, Wi-Fi para transferir fotos para o celular e instagramar quando quisesse e, se não fosse pedir demais, que ela não exigisse muitas configurações, que eu sou apenas uma jornalista e manjo nada de fotografia.

Mas me desencantei com o ‘trombolho’ que essas câmeras significavam. Eu precisaria de uma mochila de viagem para carregar ela comigo, ou adotar o look ‘sou turista mesmo, e daí?’ e carregá-la no pescoço, pendurada pela cordinha. Não é meu estilo.

Acabou que o consultor da Best Buy me ajudou na decisão: eu precisaria de um zoom incrível e maravilhoso para tirar fotos? Se sim, era melhor levar o trombolhão, que também era point-and-shoot, mas com lentes incríveis. Se não, ele me indicava uma das point-and-shoot mais básicas, com o mesmo ‘sex appeal’ da minha velha Canon. Acabei ficando com uma CoolPix S5300 roxinha.

 

BATERIA

Nunca antes na história das minhas viagens a bateria do celular durou tanto. Como as fotos não eram feitas com ele, ele ficou na bolsa por grande parte do tempo, saindo apenas para fazer pesquisas e usar o GPS no carro. Ter um dispositivo dedicado para as imagens durante a viagem me deu a liberdade de largar o celular pra lá, e com ele as N notificações que piscavam das redes sociais, e focar em aproveitar mais o passeio. E a bateria de ambos durou espetacularmente. Não aconteceu nenhuma vez de eu ficar sem bateria pra usar o Foursquare para procurar um lugar bacana para comer, nem de acabar a bateria do celular e eu não poder mais registrar fotos. A famosa situação GANHA-GANHA.

 

ARMAZENAMENTO

Se você é rhyca e phyna, isso jamais foi um problema. No entanto, meu iPhone sempre foi o de entrada, de 16GB, e eu tenho me surpreendido como 16GB têm parecido cada vez menos suficientes para o que eu preciso. E foto, bem, foto ocupa espaço. Assim como aplicativos. Já aconteceu comigo de antes de tirar uma determinada foto, ter que parar no cantinho e pensar qual aplicativo eu ia deletar, ou quais vídeos ou fotos eu podia apagar sem tanta dor no coração. Essa ansiedade eu não tive. A câmera tem um cartão SD dedicado, 16GB ultra fast, e eu posso LOTAR a câmera se quiser. 16GB de foto é muita foto – é equivalente ao meu iPhone inteiro! – e em 30 dias de viagem eu não consegui encher o cartão.

 

Equivalente a um iPhone

Equivalente a um iPhone

QUALIDADE DE IMAGEM

O que me jogou na cara a falta de qualidade das minhas imagens do iPhone foi colocá-las para rodar em um álbum no Chromecast da minha TV. Ela nem é gigante, tem modestas 32”, mas as fotos do iPhone ficavam muito estouradas. Fiz questão de, durante a viagem, fazer fotografias do mesmo cenário, usando a câmera e o iPhone. Claro que nessa situação linda de uma praia da Califórnia em pleno meio do dia, ambas as fotos ficaram bem boas. “Mas qualidade de imagem da Nikon é claramente muito melhor para impressão”, me explica a fotógrafa Luciana Aldegani, que analisou as duas imagens que eu fiz no mesmo cenário e sob a mesma qualidade de luz. “Exibidas em 100% do tamanho, as imagens da Nikon tem um tamanho maior, o que significa mais informação e melhor impressão”, detalhou ela.

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No entanto, se a sua intenção não for a de colocar as fotos para rodar na TV da sala ou de imprimi-las, você provavelmente vai ficar bem satisfeito com um iPhone, uma bateria externa e, bem, e talvez você tenha que ir salvando as fotos online quando o espaço em disco acabar.

CONECTIVIDADE WI-FI

Uma das minhas birras com a câmera era que eu também teria dificuldades de transferir as fotos para o celular e enviar via WhatsApp para a família, ou de comentar com os amigos do Facebook sobre as paisagens incríveis que eu estava vendo, ou sobre meu encontro cara a cara com uma foca (que depois se provou ser um leão marinho). Eu não queria perder essa parte da diversão.

Felizmente já inventaram algumas coisas batutas para driblar esse problema, como por exemplo a conectividade Wi-Fi de algumas câmeras. O modelinho da Nikon que eu comprei tem essa funcionalidade, e é bem fácil de conectar – você ativa o Wi-Fi do iPhone, acha a câmera por lá, conecta e abre um app dedicado. No app, você pode visualizar todas as imagens e fazer o download das que preferir, em um tamanho menor, que é bem suficiente para postar nas redes sociais e ocupar pouco espaço. A versão original, em resolução maior, continua na câmera. PER-FEI-TO pra mim.

Outra coisa que é bacana, mas que usei pouco, foi o controle remoto para disparo. Essa conectividade Wi-Fi permite que o app sirva como um disparador – você posiciona a câmera em algum lugar, vai até onde quiser e aí sim dispara. Resolve aquele problema do timer de 10 segundos que faz você sair correndo para o lugar da foto depois de apoiar a câmera em algum cantinho. Só me faltou o tripé para usar melhor essa funcionalidade.

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GPS

Se você faz o tipo esquecidinho, essa funcionalidade vai fazer falta para você. Não é o meu caso. Eu consigo lembrar por onde passamos, nomes de praias e tudo mais, e os check-ins e ordem das fotos me ajudam caso role alguma dúvida. Mas se você fizer o tipo que sai de casa com a câmera na mão e esquece todo o resto, vale buscar por uma opção de câmera que tenha GPS. Ou se render ao seu iPhone mesmo.

INSTANTANEIDADE

Essa é uma das coisas que deixa o iPhone MUITO à frente da câmera compacta. Ela é minha escolha quando vou a eventos que tenho certeza de que irei tirar fotos, como uma viagem, uma festa, um aniversário ou um passeio com a Lola, minha pastora de shetland. No entanto, existem outras oportunidades do dia a dia que merecem ser fotografadas, como essa vizinha fazendo um panelaço.

Vizinha levando a frigideira pra janela

A photo posted by Jacqueline Lafloufa (@jacquelinee) on

No momento, eu estava checando o Twitter com o celular nas mãos, e a moça apareceu na janela. Dava para correr até o escritório e pegar a câmera à tempo de registrar esse momento? Não sei, eu não arrisquei. Apenas troquei do Twitter para a câmera e dei o clique com o iPhone mesmo. Nesse quesito, fica difícil para qualquer câmera concorrer com a ‘portabilidade’ do iPhone – e isso nada tem a ver com tamanho. O smartphone já virou uma extensão das nossas mãos, mas não posso dizer o mesmo sobre uma câmera.

 

A FALÁCIA DO SUPERZOOM

Lembra do ‘trombolhão’ que eu falei alguns parágrafos acima? Aquele que eu não levei porque achei pouco portátil? Pois que bom que eu não levei. Segundo o meu amigo e fotógrafo Rodrigo Macedo, elas no geral são câmeras que possibilitam mais zoom, mas só isso. “A Super Zoom está sendo chamada por alguns de semi profissional, mas não é. Ela é uma compacta com lente que aproxima, e só”, esclarece ele.

Ou seja, se você estiver saindo da fase ‘amadora’ em que eu me encontro hoje (male-male mexendo na exposição, e batendo a maioria das fotos no automático) e quer apostar em algo melhor, preste atenção quando for fazer a sua compra. “A semiprofissional é uma DSLR, que troca a lente. Se não troca a lente, não é uma câmera semi profissional”, destaca o Rodrigo.

O que eu posso dizer é que a viagem chegou ao fim e eu fiquei muito satisfeita com a minha decisão de não fotografar essa viagem com um iPhone. Pode ser que as câmeras fiquem tão boas que deixem a minha Nikonzinha obsoleta de novo, é verdade. Mas por enquanto, estou feliz com a escolha.

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