Agora é oficial: a Netflix tem seu primeiro filme concorrendo à categoria mais importante do Oscar – Melhor Filme. A indicação de “Roma”, do diretor Alfonso Cuarón, consagra a intensa aposta da plataforma de streaming em conteúdos originais, o que significa um grande investimento em dinheiro.
A Netflix entrou no jogo de conteúdos originais em 2013, e não demorou para criar um gigantesco portfólio de programas e filmes. Mas sua aposta não é só na produção em si. A logística engloba diversas formas de divulgação dos projetos, e o investimento ilimitado em materiais que o diretor de conteúdo da empresa, Ted Sarandos, sabe que pode fazer a plataforma receber indicações e levar prêmios.
Esse é o caso de “Roma”, que exalta a liberdade de criação de Cuarón. O filme estreou em agosto no Festival de Veneza (e levou o Leão de Ouro), e em dezembro “chegou ao mundo” através da plataforma de streaming. O lançamento só não foi totalmente exclusivo para os assinantes da Netflix graças a um acordo feito pela empresa, que assegurou a transmissão do filme em 600 cinemas pelo mundo.
A discussão sobre o formato streaming ocupar espaço em premiações parece, de fato, ultrapassada. Em 2018, a Netflix empatou com HBO em vitórias do Emmy (23). Já o Oscar, mesmo depois de um período de resistência, principalmente por parte da Academia de Hollywood, vem abrindo espaço para o streaming, graças ao novo presidente da Academia, John Bailey. Já no ano passado, “Mudbound – Lágrimas sobre o Mississipi”, outro filme original Netflix, recebeu indicações em quatro categorias.
Mas participar dessas premiações também é uma maneira de aumentar a credibilidade da Netflix entre os cineastas, principalmente os que temem que fazer um filme pela plataforma signifique perder o público que prefere ver filmes nos cinemas.
Com suas 10 indicações e a disputa nas categorias mais prestigiadas do Oscar, “Roma” vem coroar o prestígio alcançado pela Netflix até agora. É o definitivo “aceita que dói menos” para quem ainda mantém um discurso que inferioriza as produções em plataformas de streaming.
Levar o Oscar não seria apenas um grande “status” para a Netflix. Seria a recompensa de milhões e milhões em investimento. Quem trabalha dentro da empresa garante que “qualquer coisa que se pareça uma ótima ideia, ganha investimento ilimitado”. A longo prazo, isso pode ser a glória ou a ruína da plataforma. Em todo caso, parte dessa história veremos no próximo dia 24 de fevereiro, a noite do Oscar 2019.
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