A Meta anunciou hoje um pacote de atualizações em suas ferramentas de anúncios com IA generativa. Entre as novidades: música gerada automaticamente para vídeos, dublagem em múltiplos idiomas, figurinhas animadas para CTAs e imagens personalizadas por perfil de consumidor. Tudo comandado por algoritmos.
Por que importa: É a automação criativa levada ao extremo. Não é de agora que a Meta (e outras big tech) está vendendo a promessa de que marcas podem criar campanhas infinitamente personalizadas sem contratar fotógrafos, videomakers, músicos ou tradutores.
O destaque é a música gerada por IA integrada à ferramenta de criação de vídeos do Advantage+. O sistema analisa o conteúdo do anúncio e produz trilhas “únicas e personalizadas que correspondem ao produto, estilo e sentimento”. Na prática: nada de licenciar música ou contratar compositor. A IA faz tudo, instantaneamente, de graça.
Quase 2 milhões de anunciantes já usam geração de vídeo por IA — Meta aposta que criatividade em escala vence criatividade autoral
Outra adição é dublagem por IA, que permite adaptar vídeos para “novos públicos internacionais ou multilíngues” sem estúdio de gravação. E tem mais: aprimoramento em HDR gerado por IA que aumenta contraste e cores automaticamente, e geração de imagens baseada em personas que cria versões diferentes do mesmo anúncio para públicos específicos.
O exemplo dado pela Meta é revelador: vendendo fones de ouvido, a ferramenta gera automaticamente uma imagem destacando estilo para interessados em moda, outra focando qualidade sonora para fãs de música, e uma terceira mostrando conforto para viajantes frequentes. Personalização em escala industrial.
As figurinhas de IA para CTA já estão disponíveis globalmente nos Stories do Facebook, com testes no Instagram e Reels. Anunciantes podem enviar imagens próprias para criar animações personalizadas para datas sazonais ou lançamentos.
A Meta também está expandindo ferramentas para parcerias com criadores, mas aqui há ironia: enquanto facilita marcas encontrarem influenciadores (via API de descoberta), simultaneamente oferece IA que pode substituir boa parte do trabalho desses mesmos criadores. A nova API do Marketplace de Criadores permite buscar perfis por palavras-chave, dados demográficos e engajamento — essencialmente, Tinder para collabs.
Um recurso em teste mostra onde a coisa vai: Collabs recomendadas por IA que transformam conteúdo orgânico de criadores em anúncios pagos otimizados automaticamente. Meta promete que marcas que usam Anúncios de Parceria veem redução de 19% no CPA e aumento de 13% na taxa de cliques — números difíceis de ignorar.
Tem até experiência onde consumidores podem visualizar como roupas de anúncios ficam neles após enviar foto própria. E páginas pós-clique geradas dinamicamente por IA, personalizadas “com base na jornada de compra do consumidor”.
A real: É eficiente, escalável e provavelmente funciona para conversão. Mas levanta questões desconfortáveis: o que acontece quando toda marca usa as mesmas ferramentas de IA para criar anúncios “únicos”? Quando música, imagem e texto são commodities geradas instantaneamente, o que diferencia uma marca da outra além do produto? Meta está vendendo democratização criativa, mas entrega padronização algorítmica. Funciona para ROI? Certamente. Constrói marca memorável? Duvidoso.
No fim, é o trade-off clássico da automação: você ganha eficiência e perde alma. Cada CMO vai decidir quanto essa alma vale.
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