Cheetos se juntou à Netflix para criar campanha que transforma frustração cotidiana em narrativa gótica. “Todo por Cheetos”, desenvolvida pela Isla México, traz Victor Dorobantu — ator que interpreta Coisa ou Mãozinha (conhecido como “Dedos” no México) na série Wandinha (Merlina no México) — enfrentando dilema existencial: como abrir pacote de salgadinho tendo apenas uma mão?
Por que importa: É branded content que funciona porque entende o universo da propriedade intelectual que está usando. Em vez de forçar produto em cena aleatória da série, cria história original que respeita estética, humor e tom de Wandinha enquanto vende Cheetos. É o tipo de colaboração Netflix-marca que gera valor para ambos os lados — streaming mantém franquia relevante entre lançamentos, marca ganha associação com IP quente.
O filme recria Jericó, cidade fictícia da série, no dia em que chegam as primeiras vending machines de Cheetos. O que começa como celebração vira pesadelo para o Mãozinha, que inicia missão desesperada para abrir o pacote. Cada tentativa falha de forma cada vez mais absurda: machete que explode, ida ao necrotério para usar pinça cirúrgica (onde policial e legista roubam os Cheetos).
Produção contou com Mirada, mesmo estúdio de pós-produção da série original — garantindo fidelidade visual
A produção foi dirigida por Nicolás Pérez Veiga via Primo, com colaboração da Mirada — o mesmo estúdio de pós que trabalhou na série original da Netflix. Essa continuidade garante que a estética seja indistinguível do produto oficial: fotografia sombria, design de produção detalhado, timing de comédia física característico do personagem.
A trilha é a clássica “La Llorona” na voz de Chavela Vargas, escolha que adiciona camada de melancolia dramática ao absurdo da situação. É humor literal: personagem lutando heroicamente contra embalagem de salgadinho enquanto canção tradicional mexicana sobre perda e sofrimento toca ao fundo.
“A colaboração entre Cheetos e Wandinha é o exemplo perfeito de como um snack icônico pode encontrar-se com fenômeno de entretenimento global para criar experiências únicas”, disse Daniel Díaz, diretor de marketing da PepsiCo México.
A real: É como branded content deveria ser feito mas raramente é. Respeita o IP original, usa ator oficial (não sósia barato), mantém fidelidade estética via mesmo estúdio de pós, e cria história que funciona dentro do universo da série sem parecer comercial forçado. Ajuda que o conceito seja genuinamente engraçado: mão tentando abrir embalagem é premissa simples com potencial infinito de escalada absurda.
Cheetos se posiciona como marca disposta a investir em produção de qualidade cinematográfica para atingir Geração Z via cultura pop, não via interrupção publicitária tradicional. Funciona melhor que 90% das colaborações marca-entretenimento justamente porque não parece comercial, parece episódio extra da série que acontece de ter produto.
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