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Capa - “Ford vs Ferrari” contrasta protagonista rebelde com mundo corporativo que não o entende

“Ford vs Ferrari” contrasta protagonista rebelde com mundo corporativo que não o entende

James Mangold constrói bela homenagem a piloto e mecânico que ajudaram a transformar o automobilismo no esporte que conhecemos hoje

por Matheus Fiore

A Fórmula 1 começou a valer como categoria automobilística em 1950, mas apenas no fim do século passado o mundo do automobilismo passou a ter meios que pudessem melhor proteger seus competidores. A Fórmula 1 tem uma história marcada não só pelo alto nível de competitividade e corridas épicas, vencidas por lendas como Alain Prost, Nelson Piquet, Michael Schumacher, Ayrton Senna e tantos outros; é marcada também pelo processo de tentativa e erro, pelos acidentes e, infelizmente, pelas tragédias e mortes.

Principalmente no período do início até o fim dos anos 70, o automobilismo ficou marcado por carros muito experimentais, o que resultava, obviamente, em falhas e acidentes. Enquanto, na atual década, na Fórmula 1, testemunhamos apenas um acidente fatal envolvendo (a morte de Jules Bianchi em 2014), na primeira década da modalidade, dezoito pilotos faleceram em acidentes de corrida ou treino.“Ford vs Ferrari”, dirigido por James Mangold conta uma história ambientada justamente nesses tempos de experimentação, mas sem entrar especificamente no mundo da Fórmula 1 – o filme acompanha circuitos como as clássicas 24 Horas de Le Mans. A obra se desenvolve em torno construção do primeiro grande veículo de corrida da Ford, projetado para que a montadora tivesse um salto de valorização de sua marca, já que, apesar de ser a maior montadora do mundo, ainda tinha prestígio inferior ao da Ferrari.

James Mangold (ao centro) orienta Matt Damon (à esquerda) no set

O filme acompanha a parceria formada pelo mecânico e piloto Ken Miles (Christian Bale) e o engenheiro Carroll Shelby (Matt Damon). Shelby é contratado pela Ford para montar o veículo que precisa desbancar a Ferrari no tradicional circuito de Le Mans, enquanto Miles atua ao seu lado na montagem da máquina e é também a princípio um dos pilotos. O problema é que a dupla é a todo momento confrontada não só pelos desafios tecnológicos da época, mas também pela própria Ford e sua visão comercial, que muitas vezes contrasta com o que é necessário para finalizar o projeto.

A chave para o funcionamento da narrativa de “Ford vs Ferrari” é a figura de Miles. Bale constrói um personagem espontâneo e impulsivo, que participa de sua primeira corrida com o carro bastante danificado graças a sua própria agressividade. A figura, subversiva por natureza, pouco combina com uma grande companhia que pensa sempre na própria imagem e no lucro. Mangold, portanto, esculpe o filme em torno do conflito entre o homem em busca de realizar seus sonhos (construir e pilotar um grande carro) e todo um sistema que funciona para sempre impedir a realização desse sonho.

É interessante observar que a Ferrari, que o título pode sugerir ser o principal antagonista da trama, acaba sendo um elemento distante na narrativa. Apesar de claramente exercer o papel antagônico na principal corrida, a tradicional escuderia acaba sendo muito mais um fator motivador para que Miles, Shelby e a Ford completem seus objetivos. Assim, a própria Ford, por meio de seus acionistas engravatados, ocupa curiosamente essa função na obra.

A chave para o funcionamento da narrativa de “Ford vs Ferrari” é a figura de Ken Miles

Por abraçar a visão de seu protagonista e tratar as corridas e os testes como um momento de ouro, Mangold faz com que “Ford vs Ferrari” trabalhe sempre alternando entre dois tons: o drama das intrigas empresariais internas da Ford, e a ação fantástica das corridas e experimentos mecânicos de Miles e Shelby. É uma escolha que funciona principalmente pela forma como as corridas são filmadas, utilizando muitos planos fechados, com a câmera próxima aos rostos dos pilotos e dos carros, criando não só uma imersão cinematográfica admirável, mas também impondo um ritmo acelerado para esses momentos.

Nesse quesito, a montagem de Michael McCusker e Andrew Buckland e a fotografia de Phedon Papamichael são fundamentais por apostarem respectivamente em cenas de corrida que se alternam entre cortes que imprimem urgência e planos mais longos, sem cortes, para os momentos mais climáticos e em enquadramentos que destaquem sempre os olhares e expressões dos pilotos diante das adversidades e da busca pela glória eterna.

A montagem e a fotografia são fundamentais para contrastar o ritmo acelerado das corridas com os conflitos burocráticos

Há um momento em “Ford vs Ferrari” no qual Shelby fala sobre o sentimento de pilotar um carro cujo motor ultrapassou a marca de 7 mil rotações por minuto. É como se o carro perdesse seu peso, e só houvesse o piloto, à deriva no espaço e no tempo. É, afinal, isso que move Ken Miles. Os tantos riscos aos quais o piloto e mecânico esteve exposto não importam. O que impulsiona o piloto é seu amor pelos veículos e seu desejo pelo eterno.

Mangold e o roteiro de Jazz Butterworth e John-Henry Butterworth, portanto, encontram a única forma possível de contar uma história trágica e banhada com sangue, sem que seu filme torne-se um drama pessimista e que crie uma imagem negativa para as corridas. Escolhem centrar a narrativa no olhar do único sujeito que tinha ciência dos perigos que enfrentaria, mas escolheu arriscar, por ter uma contribuição histórica como objetivo. Ken Miles morreu em 1966, durante um teste, mas seu legado e seu nome estão marcados para sempre no automobilismo.

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