Com todo o sucesso da plataforma em meio à quarentena, era apenas questão de tempo até o Zoom anunciar planos de expansão dos negócios. E se depender da empresa, o Brasil deve ser um dos primeiros países a receber a operação da companhia de videochamadas.
É a informação que Abe Smith, diretor de mercados internacionais da empresa, fornece em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, ao qual também confirma que o território brasileiro já estava nos planos do Zoom desde antes da pandemia do coronavírus explodir o negócio. A companhia já conta com cinco funcionários dedicados no plano de abertura de um escritório no país, com um já em São Paulo para cuidar da novidade.
E a expansão parece algo garantido no futuro próximo se considerar que a companhia é um dos líderes de crescimento do mercado de videoconferências. Da noite para o dia, o Zoom foi de 10 milhões a 200 milhões de usuários – e conta com mais projeções de aumento nestas semanas de isolamento.
O problema no momento é contornar todas as questões de quebra de privacidade da plataforma. De invasão de chamadas e vazamentos de senhas e dados pessoais, o Zoom se tornou um temor a empresas e órgãos federais, incluindo o Ministério da Justiça e da Segurança Pública que chegou a notificar a plataforma no começo do mês por compartilhar informações de usuários no Facebook sem permissão.
Abe se mostra confiante na resolução destes entraves, porém, dizendo que atualmente “transparência é fundamental” à empresa. “Fomos os mais abertos e transparentes na história da tecnologia. Publicamos informações quase diariamente. Publicamos um relatório de transparência. Formamos um conselho, que nos permite consultar os melhores especialista do mundo. E contratamos um consultor externo para nos ajudar com segurança e privacidade” declara o executivo ao Estado, citando a recente contratação do chefe de segurança digital do Facebook Alex Stamos como consultor independente do Zoom.