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Com poucas novidades, “Medicine at Midnight” tenta resumir 25 anos de Foo Fighters

Apesar de flertar com novas ideias e sonoridades, décimo álbum da banda pouco acrescenta a sua discografia

por Soraia Alves

Como todos os trabalhos do Foo Fighters nos últimos anos, “Medicine at Midnight” chega com um contexto específico: é o álbum que teria comemorado os 25 da banda em 2020. A pandemia atrasou o lançamento do material, mas como sua produção terminou antes do caos causado pela Covid-19, seu resultado não foi afetado em essência. Sendo assim, o décimo álbum da banda funciona como uma espécie de celebração desse aniversário, embora soe mais como uma tentativa de resumir tudo o que eles fizeram até agora.


Dave Grohl sempre faz grandes promessas a cada novo disco. Desta vez, o vocalista prometeu um “álbum de festa para um sábado à noite”. Ele só não explicou que essa é uma festa que já fomos várias e várias vezes, e temos o setlist gravado na cabeça. É claro que se estamos falando de uma comemoração de aniversário, a nostalgia é um tanto intrínseca, o que faz de uma faixa como “Holding Poison”, por exemplo, totalmente bem-vinda ao resgatar um FF dos anos 90. Mas os momentos mais fracos do trabalho são justamente quando a banda extrapola seus próprios clichês.


São os flertes com referências icônicas e a mescla de rock alternativo com pop que trazem vigor à “Medicine at Midnight”. Há vários acenos ao groove de David Bowie ao longo do álbum, o que não é por acaso já que Omar Hakim, percussionista de “Let’s Dance” (1983), participa de seis músicas do disco de Dave Grohl e companhia. A melhor música do trabalho, “Cloudspotter”, bebe justamente dessa influência de funky, pop e rock.




Ainda que os vocais iniciais da faixa-título causem estranhamento, a faixa mais “bowiana” também tem um certo ar de novidade para a banda. Já “Love Dies Young” e “Chasing Birds” despertam a curiosidade do ouvinte, especialmente a última, que traz um backing vocal sussurrado e misterioso, obra da produção de Greg Kurstin. Uma balada acertadíssima!

Mesmo assim, ainda que seja bem mais expressivo que “Concrete and Gold” (2014), o novo trabalho do Foo Fighters é gelatinoso, e escorrega ao não suportar o peso autoimposto pela banda de produzir hits de arena. Em seus momentos de maior experimentação, o disco flui bem agradável, mas quando tenta expelir novos hits apenas para serem cantados nos shows, deixa muito a desejar. O single “Shame, Shame” é dos mais fracos já lançados pelo FF, e “Waiting on War” é uma balada ao violão que já nasce com 15 anos, tamanha a sensação que já ouvimos exatamente essa música inúmeras vezes.



Dave Grohl sempre faz grandes promessas a cada novo disco. Desta vez, o vocalista prometeu um “álbum de festa para um sábado à noite”. Ele só não explicou que essa é uma festa que já fomos várias e várias vezes, e temos o setlist gravado na cabeça.

Essa necessidade de clássicos de arena se torna irritante, simplesmente porque o Foo Fighters não precisa disso, dado o seu gigantesco catálogo de hits imbatíveis. O FF tem um magnetismo e uma energia únicos em suas apresentações ao vivo, algo que poucas bandas de rock ainda sustentam hoje. São sempre mais de duas horas frenéticas, com uma multidão entoando seus clássicos. Um setlist assim, já tão recheado, ainda consegue se beneficiar com canções de uma roupagem diferente como “Cloudspotter”, ou ainda com a urgência dos acordes tirados de “Ace of Spades”, do Motorhead e usados em “No Son of Mine”. Por outro lado, esse mesmo setlist não precisa nada de uma “Waiting on War” – a não ser como música para “a hora de ir ao banheiro”.



Para a discografia do Foo Fighters, “Medicine at Midnight” traz um certo flerte com novas ideias e sonoridades, mas pouco acrescenta ao catálogo geral da banda. Com isso, seu papel é mesmo o de celebrar esses 25 anos de FF e, inegavelmente, mostrar que eles ainda têm muita energia para as turnês do mundo pós-pandemia.

nota do crítico


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