Não tente repetir as cenas desta campanha
Tinha acabado de fazer um post no blog e entrei para conferir se estava tudo certinho. Me deparei então com o seguinte anúncio no bloco do Google AdSense.
Pela linguagem visual, saquei que era algo do Banco Real. Me pareceu interessante, e sei que não devo fazer isso, mas cliquei no anúncio (Google, não me penalize, juro que cliquei porque me interessei pelo anúncio).

A peça leva para o site bancoreal.com.br/queroapostar, uma comunicação para o produto Real Universitário. O site apresenta uma série de “esportes” inusitados em que o visitante deve apostar em algum dos participantes. Um vídeo é exibido, e independente se você erra ou acerta, aparece uma mensagem explicando o porque que tal pessoa é vencedora e que é por isso que o Banco Real também aposta nela.
Tudo OK até aí, não vou discutir o mérito da idéia. Mas me chamou atenção duas mensagens desnecessárias, uma delas até grotesca. Comecemos pela menos incomoda: “Não tente repetir as cenas deste vídeo.”, exibida abaixo de cada filme no site.
Uma medida de precaução totalmente imbecil neste caso, e que subestima a inteligência do público-alvo. É o departamento jurídico levantando a voz na reunião. Não estamos falando de brincadeiras com armas de fogo, veículos em alta velocidade ou pessoas pulando de prédios, e sim de corrida de plástico bolha.

A outra mensagem, presente a todo momento no topo do site, diz: “O conteúdo abaixo é oferecido por um de nossos fornecedores. Caso haja problemas, por favor, notifique o BANCO REAL.” Hein?! Como assim? O público é que o responsável pela aprovação do conteúdo? O departamento de marketing do banco não viu e aprovou a campanha?

Tudo bem, liberdade criativa para agência, que é chamada de fornecedora, mas então não coloca essa mensagem aí. Eu, como potencial cliente, não quero saber disso. O Banco Real é responsável sim pela comunicação, o consumidor não tem que notificar ninguém. O pior é a sensação de que não é o banco que está falando com seu público, é só um conteúdo feito por alguém que ele não sabe quem é.
Eu não conheço os bastidores da campanha, nem sei qual é a agência responsável, mas esse tipo de mensagem não deveria aparecer para o público. Não importa se o cliente quer ver as peças antes de ir pro ar ou não. Senão, provavelmente continuaremos assim, meros fornecedores.
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