Guerreiras do K-Pop se torna filme em inglês mais visto da história da Netflix com 236 milhões de visualizações
Animação sobre grupo de K-pop que caça demônios superou “Alerta Vermelho” e ainda faturou US$ 18 milhões nos cinemas
Guerreiras do K-Pop alcançou o que parecia impossível: se tornou o filme em língua inglesa mais assistido da Netflix com 236 milhões de visualizações, mantendo liderança no ranking global por semanas consecutivas. O mais surpreendente? Depois de dois meses no streaming, o filme ainda arrecadou US$ 18 milhões em apenas dois dias de cinema nos Estados Unidos.
Por que importa: É a primeira vez que Netflix comprova que sucesso no streaming pode ser monetizado novamente em cinemas. O fenômeno quebra a lógica tradicional de que conteúdo disponível gratuitamente (para assinantes) não gera bilheteria.
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Só na última semana, foram 25,4 milhões de novas visualizações no streaming. No Brasil, o filme acumulou 114 mil menções nas redes desde a estreia em 20 de junho, com destaque para a dublagem brasileira e hit “Meu Pequeno Guaraná” (adaptação de “Soda Pop”).
A dominação musical é inédita:
- “Golden” está em 1º lugar na Billboard
- “Soda Pop” em 3º
- “Your Idol” em 4º
- “How It’s Done” em 5º
- Primeira vez desde 1995 que trilha sonora coloca 4 músicas no Top 5
O sucesso forçou Netflix a quebrar própria filosofia: após 9 semanas no streaming, lançou versão “sing-along” em 2.180 cinemas dos EUA, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia. Resultado: 1.300 sessões esgotadas, US$ 18 milhões em dois dias, número 1 da bilheteria americana.
A ironia é deliciosa: Ted Sarandos, CEO da Netflix, chamou cinemas de “conceito ultrapassado” em abril. Agora celebra filme seu no topo da bilheteria com fãs cantando em coro – exatamente a “experiência comunitária” que ele disse ser “ideia antiquada”.
A animação sobre grupo HUNTR/X que secretamente caça demônios coreanos (jeoseung saja) conquistou audiências com obsessão por detalhes culturais. A diretora Maggie Kang incluiu desde guardanapos sob hashis até pratos verde-claro típicos coreanos no jato privado – sem explicações didáticas.
Sony chora no banho: vendeu direitos para Netflix por US$ 100 milhões. A Forbes relatou “frustração de arrancar cabelos” dos executivos vendo o fenômeno explodir. Netflix agora tem o filme mais visto, domínio das paradas musicais e ainda faturou milhões no cinema.
A música foi game-changer: EJAE, voz da protagonista Rumi, era trainee de K-pop rejeitada que virou compositora. O produtor Ian Eisendrath disse sobre “Golden”: “Preparem-se para todo mundo tentar cantar e não conseguir. Foi feita para as habilidades vocais absurdas da EJAE”.
O Brasil abraçou forte: além das 114 mil menções, a adaptação “Meu Pequeno Guaraná” virou hit próprio. Dublagem brasileira foi elogiada como excepcional, gerando fenômeno raro de orgulho nacional em produção internacional.
Netflix já disponibilizou versão “Para Cantar Junto” no streaming, em inglês. Para 2026, promete lançamento teatral de “Narnia” em 1.000 telas IMAX antes do streaming – admissão de que modelo híbrido é o futuro.
Com 236 milhões de views e contando, Guerreiras do K-Pop provou que Netflix pode ter o melhor dos dois mundos – quando o conteúdo justifica.
Guerreiras do K-Pop está disponível na Netflix, incluindo versão sing-along. No Brasil, filme mantém posição no Top 10 desde o lançamento.

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