Cruz Vermelha não quer jogos usando sua marca para representar vida

Não é preciso ser um jogador assíduo para perceber que em diversos games de tiro em primeira pessoa os pacotes de vidas são simbolizados por uma cruz vermelha, afinal, é uma maneira universal de simbolizar saúde e socorro. O que boa parte dos jogadores não deve saber é que isso vai de encontro à Convenção de Genebra. O fato foi levantado graças a um processo da Cruz Vermelha contra dois desenvolvedores, Mark Morris e Chris Delay, que explicam no vídeo acima o assunto.

De acordo com a Cruz Vermelha, o emblema é protegido pela Convenção de Genebra pela lei de proteção à vítimas de guerra de 12 de agosto de 1949. Como a dupla incluiu o símbolo no seu mais recente game, chamado Prison Architect, a Cruz Vermelha enviou uma carta dizendo que isso caracterizava uma infração.

Mesmo assim não é difícil encontrar o símbolo em jogos, Halo, Half-Life e Doom

são exemplos bastante conhecidos.

É interessante também como esses jogos fizeram transições gradativas até que a cruz vermelha sumisse das franquias nos lançamentos mais atuais. A organização já havia enviado algumas notificações em 2006 buscando a retirada do emblema de diversos outros jogos e voltou à ativa graças ao caso do Prison Architect.

Desenvolvedores e jogadores devem, então, ficarem atentos para outros símbolos caso falte HP. Ou fazer como a Nintendo e usar outra coisa, como um cogumelo verde.