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Patty Jenkins responde críticas de James Cameron sobre “Mulher-Maravilha”

“A audiência feminina desse filme têm condições de escolher seus próprios modelos de progresso”, rebate a diretora

por Agnes Guimarães Cruz

Na última-quinta feira, houve um grande burburinho ao redor das declarações do diretor James Cameron ao The Guardian, quando afirmou que considera o filme “Mulher-Maravilha” um “passo para trás”, já que, segundo ele, apenas reforça alguns estereótipos de objetificação feminina.

Não demorou muito para que a internet respondesse, inclusive celebridades mulheres, como a jornalista Cher Martinetti, que lembrou o relacionamento abusivo do diretor com a atriz Linda Hamilton, a Sarah Connor que ele usou como referência na entrevista como uma personagem que quebrava estereótipos femininos (“Sarah Connor não era um ícone de beleza. Ela era forte, ela era problemática, ela era uma péssima mãe, e ela conseguiu o respeito do público por pura bravura. E pra mim, [o benefício de personagens como Sarah] é muito óbvio. Digo, metade da audiência é feminina!”)

Algumas horas depois, a própria diretora do filme, Patty Jenkins, publicou em seu Twitter uma réplica para o diretor. Após agradecer os elogios feitos por ele sobre seu trabalho anterior, “Monster” (em que a personagem interpretada por Charlize Theron é uma serial-killer com um relacionamento lésbico), a diretora lembrou do estereótipo que sempre é associado a uma “mulher forte”:

“Se as mulheres sempre precisam ser difíceis e problemáticas para serem fortes e não estão livres para serem multidimensionais ou celebrar um ícone feminino porque ela é doce e atraente, então não estamos longe do que já temos. Eu acredito que as mulheres podem ser tudo o que os personagens masculinos já têm o direito de serem. Não há um tipo ideal para uma mulher poderosa. E a grande audiência feminina do filme que o transformou no sucesso que ele foi têm condições de escolher e julgar seus próprios modelos”, rebateu.

Um feminismo às avessas?

As críticas de Cameron não foram as únicas: desde a estreia do filme, houve muitas discussões sobre a continuidade de alguns estereótipos que não contemplariam ideias geralmente associadas ao feminismo, além da ausência de representatividade, já que todas as mulheres em destaque no elenco são brancas.

O problema é que a própria diretora do filme não o rotula como feminista, mas como uma “personagem universal”. A declaração não anula por completo o debate, já que ainda temos uma heroína que atende a muitos dos padrões sexistas de Hollywood (ela é branca, e seus trajes são extremamente curtos), mas ajuda a compreender a complexidade que envolve a construção histórica da Mulher-Maravilha. A primeira aparição da personagem foi em 1941, inspirada na figura de Margaret Sanger, nome conhecido na luta das feministas da época pelo uso de métodos contraceptivos.

Ao invés de impedir que mulheres ficassem grávidas, os super-poderes da personagem estavam concentrados em sua criação como semi-deusa e suas habilidades com arco, laço, luta e braceletes mágicos, além de uma boa capacidade persuasiva que, se foi perdida na série da televisão da década de 70 (e que de fato apresentou uma visão muito estereotipada da personagem), voltou nas suas últimas aparições no cinema, por meio de um discurso que resolve conflitos à base de inteligência estratégica e conciliação, ao contrário da violência exacerbada que encontramos nas do Batman ou do Superman.

Os poderes de Diana (relativamente mais “leves” do que o dos demais personagens masculinos do universo DC) e sua atitude doce diante dos conflitos (no filme, ela é a figura da esperança e do diálogo diante das turbulências da II Guerra Mundial)  podem ser um contraste para a figura subversiva de personagens como a Sarah de James Cameron, mas vale lembrar que a principal força desta última é seu lado materno incondicional, o que fica a dúvida sobre até que ponto isso também está tão distante do que geralmente somos obrigados a aceitar sobre o que significa ser uma mulher forte ou completa.

Além disso, ser feminista envolve empoderamento e a defesa de igualdade entre homens e mulheres (sim, Patty, envolve universalidade também), e dentre suas diversas vertentes há muitas que trabalham com a estratégia de força dialógica e anti-opressora que encontramos na figura de Diana.

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