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Uma breve retrospectiva do cinema interativo

por Carlos Merigo

Com nosso post de ontem sobre o filme interativo “The Last Call”, do canal de terror 13Th Street, surgiram vários comentários e emails sobre qual seria o real “primeiro filme interativo”. E diversas mensagens lembraram do brasileiro “A Gruta”, de 2008, que passou por festivais de cinema e pode ser visto/jogado no YouTube.

A verdade é que cinema com participação do público não é algo completamente novo, apesar de a tecnologia estar permitindo formas diferentes de interação, tirando inclusive a necessidade de distribuição em salas físicas. Seja por controle remoto, SMS ou cliques, todas são inspiradas em conceitos utilizados há décadas em videogames. Quem já jogou “Phantasmagoria” ou “Gabriel Knight”, sabe do que estou falando.

Sem citar as iniciativas publicitárias, mais voltadas para games do que cinema, como as recentes ações da MSNBC, Volvo, Cultura Inglesa, Fiat, entre outras, um recente filme interativo é o canadense “Late Fragment”, de 2007. E apesar de ter ganho distribuição comercial, veio depois de produções de baixo orçamento como “Point Of View”, de 2001, e o dinamarquense “Switching”, de 2003.

Mas vamos mais para trás, e temos “Mr. Payback” de quase uma década antes. Passou em 1995 por diversos cinemas norte-americanos, e as pessoas escolhiam como as cenas continuavam através de joysticks instalados nas poltronas. As sequências disponíveis eram apresentadas pelas cores vermelha, azul e verde, definidas por um dos três botões do joystick e com a contagem exibida na tela em tempo real.

Interactive Movie Mr. Payback

“Mr. Payback” tinha 115 minutos de cenas filmadas pelo diretor Bob Gale, mas apenas 20 deles eram exibidos na tela do cinema. Todo resto servia para cobrir as outras possibilidades de continuação da história. A responsável pela produção foi a Interfilm Technologies, que desenvolveu uma cabine de projeção exclusiva para o formato, tudo comandado por um “poderoso” PC 486.

Até com Christopher Lloyd no elenco, o eterno Dr. Emmett Brown, muita gente se divertiu com a novidade, mas a tecnologia não vingou. Provavelmente, porque pouco tempo depois “Mr. Payback” ganhou a fama de “pior filme do ano”. Prometiam os produtores, que era preciso assistir o “longa” cerca de 25 vezes até que começasse a ficar repetitivo. Nunca ninguém tentou.

Agora voltando ainda mais, bem mais, chegamos em 1967 com a produção que realmente pode carregar o título de “primeiro filme interativo”. É o tcheco “Kinoautomat”, apresentado na Expo 67 em Montreal, traduzido para “One Man and his House” em inglês.

A sala do evento foi construída especialmente para o filme, com dois botões em cada poltrona, um vermelho e outro verde. As decisões eram simples, como decidir se o personagem, Mr. Novak, deveria ignorar ou não um policial na estrada, abrir ou não a porta para uma mulher, etc.

Interactive Movie

Se a escolha era feita ao apertar o botão, as cenas interativas eram apresentadas mesmo no grito. Um moderador entrava na sala, explicava a situação e pedia para que as pessoas decidissem o futuro do personagem.

Acontece que “Kinoautomat” tinha um truque. O que deveriam ser duas tramas paralelas, na verdade convergiam após cada ponto de decisão do público, ou seja, era apenas uma história, com um final que não podia ser alterado de fato pela audiência. Isso só foi descoberto décadas mais tarde, quando o filme foi exibido simultaneamente nos canais tchecos ČT1 e ČT2

, com as duas diferentes opções de cenas.

O próprio diretor, Radúz Činčera, que morreu em 1999, admitiu em entrevista que considerava “Kinoautomat” um completo desastre, já que estavam enganando o público. O filme foi restaurado pela filha do diretor, Alena Cincerova, e no ano passado circulou novamente por diversos festivais de cinema na Europa e Estados Unidos.

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