Inteligência artificial da MyHeritage dá vida às fotos antigas da sua família

O site de genealogia MyHeritage disponibilizou neste último fim de semana uma nova inteligência artificial que é capaz de animar fotos antigas. Batizado de Deep Nostalgia, o serviço usa de uma tecnologia disponibilizada pelo D-ID para criar um efeito de movimento no rosto de humanos fotografados, independente de quando o registro foi feito.

De acordo com o The Verge, a IA chega aos resultados a partir da memória de milhares de vídeos de movimentos faciais pré-gravados, fazendo a correspondência do exemplo do drive que é mais próximo possível à foto submetida pelo usuário. É uma aplicação diferente por exemplo do recurso de “fotos ao vivo” do iOS, que aproveita múltiplos registros de uma mesma foto para criar uma ilusão de movimento, e que parece bastar no intuito de criar uma sensação de vida a entes queridos que já foram desta para a melhor.

O processo no mais é mais ou menos automático. Basta apenas criar uma conta grátis na plataforma para ter acesso à ferramenta, sem necessidade de preencher quaisquer dados extras, e a IA cuida sozinha do processo de melhorar a qualidade e ampliar a imagem antes de anima-la. Há um limite de cinco fotos animadas grátis por conta.

Enquanto o Deep Nostalgia foi pensado pra rever parentes mortos, é claro que as redes sociais vem se divertindo com os cenários possíveis da tecnologia. Submeter fotos de celebridades é um uso recorrente, com efeitos que vão do impressionante (a Marie Curie abaixo) ao levemente quebrado – a gente submeteu um registro de James Stewart e digamos que o resultado foi um pouco borrachudo.

Os “usos alternativos” são a cereja do bolo, porém, com direito a usuário que submeteu fotos de estátuas e atingiu um nível de “desgraçamento” mental bem peculiar (os olhos!!).

No lado da privacidade, o MyHeritage confirma que não fornece a nenhum terceiro os dados gerados do processo e que todas as fotos submetidas que venham de contas que não tenham completado o cadastro são automaticamente deletadas ao final do uso pelo público. É uma questão relevante, dado que em 2018 a plataforma vazou dados de mais de 3 milhões de brasileiros após um ataque de hackers.