Farm é criticada por proposta de reverter comissão de vendas à família de funcionária baleada no RJ

Na última terça-feira, 08/06, Kathlen Romeu foi mais uma vítima da violência do Rio de Janeiro. Com 24 anos grávida de 14 semanas, Kathlen morreu após ser atingida por uma bala perdida em um dos acessos à comunidade Lins do Vasconcelos, na Zona Norte da cidade.

A jovem era designer de interiores e atualmente trabalhava como vendedora de uma loja Farm. Nesta quarta-feira, 09/06, a marca fez uma postagem em suas redes sociais para homenagear a funcionária, porém, um detalhe no texto fez a empresa receber muitas críticas do público.

No post, a Farm (que pertence ao grupo Soma) propôs que reverteria a comissão de todas as vendas realizadas com o cupom Kathlen – E957 em apoio à família da vítima. “A partir de hoje, toda a venda feita no código de Kathlen – E957 – terá sua comissão revertida em apoio para sua família. Reforçando que nós também vamos apoiá-la de forma independente e paralela”, dizia o texto inicial publicado no Instagram da Farm. A empresa também ressaltou estar “disponibilizando suporte psicológico e emocional a todos os que necessitem através do nosso gente & gestão”.

A ideia, é claro, não pegou bem. A proposta da empresa resultou na sensação de uma exploração da morte de Kathlen para gerar mais vendas. Além disso, o fato de continuar “recebendo comissão” soa quase como um “trabalhar até depois de morto”.

Depois da grande repercussão negativa, a Farm editou a postagem original, além de realizar um outro post admitindo o erro.

Segundo relatos de lideranças comunitárias da região, o tiroteio que vitimou Kathlen teria acontecido durante uma operação policial. Em nota, a Polícia Militar informou que seus agentes foram atacados por criminosos atirando, e que revidaram dando início a um confronto.