SXSW 2022: a volta por cima dos CEOs • B9

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SXSW 2022: a volta por cima dos CEOs

Apresentações de Reggie Fils-Aimé e Albert Bourla no evento destacam forças de lideranças abertas e acessíveis

por Juliana Vilhena Nascimento / Managing Director da FCB/Six
Capa - SXSW 2022: a volta por cima dos CEOs
Imagem: Aaron E. Martinez/American Statesman

Quão surpreendido você ficaria se eu dissesse que duas das palestras mais bacanas que vi no SXSW até agora não vieram de pesquisadores, criadores ou tecnólogos, mas sim de CEOs?

E não estou falando de CEOs de startups, mas de CEOs de indústrias com anos de história, que produzem hardware, tem fábricas. Se de um lado é bastante óbvio que ouvir CEOs de sucesso deveria ser algo interessante (afinal, hoje são basicamente eles que dão estrutura ao mundo em que habitamos, onde marcas e negócios são protagonistas), de outro surpreende, sim, vê-los brilhar no palco de um festival de cultura, falando sobre temas que antes, na minha visão, eram tabus nas salas dos grandes executivos. 

Primeiro queria destacar Reggie Fils-Aimé – ou “The Reggienator”, como foi apelidado quando foi Presidente da Nintendo US. Comecem por aí: numa empresa oriental, o CEO tinha apelido. Pode isso, Arnaldo? 

Pode. Reggie extrapolou o tempo de sua palestra em mais de dez minutos, (e ao contrário do que comumente acontece, ninguém tirou ele do palco com uma bengala!). Filho de haitianos, fala com a segurança de quem sabe e a doçura de quem quer aprender. Além da sua história de carreira, que é impressionante, trouxe alguns pontos de vista que claramente fizeram a platéia pensar. Eu destacaria dois: 

  • CEOs tem enorme responsabilidade sobre o ambiente das empresas que lideram – assim como mães e pais têm enorme responsabilidade sobre o caráter de seus filhos. Ambos precisam estar profundamente envolvidos e investidos – na cultura de suas empresas e na educação de seus filhos.
  • Três coisas que a próxima geração precisa aprender: a se comunicar com excelência (e aqui, ele contou uma história pessoal de como ele aprendeu a prestar atenção nas expressões de seus chefes japoneses para entender como se sentiam e se comunicar melhor com eles), a perguntar para ouvir e entender, e a entender o poder real que a diversidade traz a vidas, conversas e empresas. 

Depois, veio o doutor Albert Bourla, um grego de respostas rápidas e contundentes. Dr. Albert é CEO da Pfizer e veio ao palco do SXSW contar como foi o desafio e o processo de chegar à vacina contra a Covid-19 em um curtíssimo período de tempo. Falando com um sotaque acentuado (que o faz parecer erudito e russo, como ele mesmo diz) , ele nos encantou em 60 minutos de conversa que pareceram passar em 15. 

Primeiro, ele falou sobre a pressão maluca que o mundo depositou nos ombros dele e como isso o impactou. Segundo ele, saber que “não havia opção senão dar certo” foi um sentimento que trouxe um peso enorme, mas que ao mesmo tempo ele e todos os envolvidos no projeto da vacina conseguiram canalizar como um motivador a fazer o impossível. Essa energia o ajudou a enfrentar temas como as fake news, a politização das vacinas, e o processo de desenvolvimento em si, cheio de surpresas e frustrações. Dr. Albert também contou o que ele fazia pra tentar relaxar: assistir “Gilmore Girls” com a família (#fofo).

Depois, falou sobre a dificuldade de construir reputação na indústria farmacêutica: “A reputação se constrói em gotas, e se perde em baldes”. Para ele, a luta contra o Covid-19 deu às indústrias farmacêuticas uma oportunidade: mudar a percepção do público em geral sobre as Big Pharma, anteriormente vistas como pouco orientadas ao público e muito orientadas aos acionistas. 

Ele também contou como foi difícil decidir como a Pfizer se posicionaria em relação ao mercado russo: teria a companhia o direito de privar pessoas da própria vida ao negar vacinas para aquele país? Na visão dele, não. Por isso, a decisão da companhia (aplaudida massivamente pela plateia) foi: seguiremos vendendo vacinas ao russos, mas doaremos todo o dinheiro ganho com estas vendas à organizações humanitárias na Ucrânia. 

Por fim, falou uma frase que deveria ser o corolário de qualquer executivo moderno: “Nós não podemos apostar somente no que nós sabemos fazer internamente. Temos que nos tornar o parceiro preferido de toda a comunidade de biotecnologia. Só assim poderemos lutar contra todas as doenças em menos tempo”. Pensar nas companhias como ecossistemas é fundamental.

Vermos CEOs de empresas com este tamanho – com backgrounds e origens diferentes do comum, falando de suas dificuldades e desafios abertamente, admitindo a dificuldade de lidar com a pressão, se permitindo ser acessíveis através de apelidos, compartilhando negócios com seu ecossistema ao invés de “querer tudo pra si” me fez acreditar que pode haver mudança em escala e que o capitalismo consciente tem uma chance real. 

Faltou uma CEO mulher neste artigo, sim – mas ver emergir uma nova classe de líderes empresariais já foi um bom começo. (e eu ainda tenho mais 4 dias de festival pra eu achar uma!) 

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