Web Summit 2023 – Rio: A impactante união entre ancestralidade e tecnologia
“Somos 5% de toda a população mundial e protegemos 82% de toda a biodiversidade”, lembra indígena brasileira ativista pela preservação da Amazônia
O principal tópico da abertura do Web Summit Rio, que mal começou, já é na minha opinião uma pauta foco abordada pela Txai Suruí, indígena brasileira, ativista pela preservação da Amazônia e porta-voz na COP-26 e COP-27, e o artista e apresentador Luciano Huck. O foco da conversa foi Amazônia, trazendo o conhecimento ancestral e a tecnologia no combate ao aquecimento global como “receitas para construir um futuro possível e habitável na floresta”.
No palco, com exposição global em uma sala repleta de investidores e empreendedores no ramo de tecnologia, Txai traz visibilidade para a causa da Amazônia e diz que a inovação deve olhar para lá e frisa uma questão já sabida pelo mundo: a crise do clima é a pior de todos os tempos e os povos indígenas estão à frente dessa batalha. “Somos 5% de toda a população mundial e protegemos 82% de toda a biodiversidade. Nosso compromisso é o da vida”, afirmou ela.
Txai fala dessa receita de unir ancestralidade com tecnologia. Didaticamente, conhecimentos ancestrais são os valores e a maneira que os nossos antepassados, que produziram a vida -, deixaram de legado. Isso engloba coisas bem distantes, desde escrita, rituais, oralidade, processos de cura, enfim, métodos de vida e subsistência.
Assim, Txai pediu ajuda, nos lembrando de honrar aqueles que foram os primeiros e tanto nos ensinaram, chamando a atenção para uma construção em torno da situação do clima. É uma batalha que com o conhecimento ancestral que os povos indígenas trazem, unindo-se às inovações tecnológicas, podem ter impactos gigantescos no mundo como um todo.
O “puxe” no geral foi para todos se juntarem e lutarem juntos. Temos todos os assets na mão, e no final, depende única e exclusivamente de nós mesmos essa mudança que o mundo precisa.
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