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Web Summit 2023 – Rio: Entre o “high” e o “touch”, debate sobre inovação precisa olhar mais para as pessoas

Problemas reais demandam soluções reais

por Pedro Henrique Oliveira / Head de Comunicação da unico IDtech
Capa - Web Summit 2023 – Rio: Entre o “high” e o “touch”, debate sobre inovação precisa olhar mais para as pessoas
Imagem: Divulgação / Web Summit Rio

A primeira edição do Web Summit fora da Europa proporcionou quatro dias intensos de conteúdo, networking e muita inovação. Temas como AI generativa, SaaS, privacidade e digitalização, mobilidade, educação, criptomoedas e investimentos do futuro ocuparam o centro dos debates, ministrados por especialistas de várias partes do mundo e dos negócios.

Mais de mil startups participaram do evento e diversas usavam algum tipo de inteligência artificial como motor de inovação e de diferenciação de suas soluções e mais da metade das palestras abordaram a Inteligência Artificial Generativa (GPT) como assunto central. Porém, muito se debateu sobre as novas tecnologias, mas pouco se falou sobre os problemas mais próximos das pessoas e como resolvê-los, de fato. E essa dor é real. Ao longo do evento, fiquei pensando sobre o aspecto pessoal e humano da tecnologia e o impacto dela na nossa realidade.

Tive o prazer de presenciar discussões sobre soluções para mobilidade urbana, assistir às mesas onde startups abordaram melhorias de acesso à educação, inclusive para crianças autistas, além de tecnologias criadas para melhorar a proteção e controle dos nossos dados e reduzir fraudes, como é o caso da Unico com a identidade digital via biometria facial que pode ajudar cada vez mais a ampliar a inclusão e acesso das pessoas. No entanto, quando paramos para pensar em um dos maiores eventos de tecnologia do mundo como esse, é fácil se indagar: as pessoas que estavam ali não deveriam ser mais provocadas a pensar de que forma a tecnologia deve ser mais “high tech, high touch”?

Quanto mais empregamos a tecnologia em nosso dia a dia, acredito que deveríamos pensar no quanto, efetivamente, temos de benefícios associados às dinâmicas das pessoas, ao dia a dia de um país e o quanto ela se tornaria mais próxima de solucionar problemas reais. Explico fazendo um paralelo com a edição do SXSW do ano passado, que aconteceu em Lisboa. Lá, também se debateu muito a questão do metaverso e como essa tecnologia iria revolucionar o mundo, influenciar as decisões empresariais e até governamentais, mexendo nas perspectivas do indivíduo e da sociedade sobre o futuro. Hoje, o que vemos disso? Uns anunciando o fim do metaverso – acredito que ele não morreu, mas deixa de existir dentro do que o marketing de algumas empresas concebeu. E se o que chamamos de “a próxima grande novidade” nunca realmente se tornar real por ser muito “high” e muito pouco “touch”?

Temos evidências claras nas notícias. Em fevereiro, a Microsoft demitiu funcionários e encerrou o projeto ligado ao metaverso. Em março, foi a vez da Disney, que desistiu totalmente de seus planos de um metaverso próprio. No entanto, o fato de a empolgação estar diminuindo não significa necessariamente que esteja fadada a desaparecer para sempre. O metaverso pode se recuperar. Mesmo com as demissões, a Meta, por exemplo, afirma que continua apostando suas fichas no futuro e no metaverso. Contudo, no momento, vale a pena analisarmos o cenário e o que fez com que esse hype diminuísse.

Vejo a maioria das apostas do passado e desta edição do Web Summit, no Rio de Janeiro, como uma grande espuma tecnológica. Falo isso porque a maioria delas não estão fundamentadas em trazer soluções reais para as pessoas reais. Indo na contramão disso, pude ver um grande público assistindo a EdTech capixaba Jade Autism sendo a vencedora do pitch do evento, batendo quase mil outras concorrentes na competição. Foi um exemplo claro de “como fazer”. A proposta da empresa é promover educação inclusiva por meio de um software que ajuda crianças e adolescentes com TEA (Transtorno do Espectro Autismo). A solução da EdTech oferece às escolas e professores abordagens individualizadas para cada estudante. Hoje, a proposta já alcança 160 mil pessoas de vários países.


Ronaldo Cohin, CEO da Jade Autism. Foto: Sam Barnes / Web Summit Rio via Sportslife


A exemplo das previsões de Amy Webb, não devemos ficar presos a uma visão de futurismo que não nos fará evoluir. Devemos nos basear naquilo que impacta a sociedade, na realidade próxima e nada distante. Construir soluções que passem pela privacidade, segurança, identidade digital, mobilidade, educação, que venham contribuir na igualdade e na inclusão social e financeira de uma sociedade. A Jobecam, foi mais um caso positivo desta edição. É uma HRTech pioneira em entrevistas anônimas por vídeo, que vem usando a inteligência artificial para ajudar pessoas recrutadoras e gestoras na missão de reduzir vieses inconscientes na contratação de talentos, garantindo a imparcialidade deste processo.

Acredito que vários fatores estão em jogo. Mas, está nítido que a tecnologia precisa ter esse olhar nas pessoas. O meu grande palpite para 2024 é que o Web Summit será um grande caso de sucesso se trouxer uma maior diversidade de pautas e ainda mais provocações simples e necessárias para o debate sobre o futuro. O Chat GPT e o metaverso são construções importantes também, mas o que queremos debater em cima disso e trazer para a realidade das pessoas?

Basta revivermos alguns momentos do ano passado onde muitas vezes os painéis, trilhas e conteúdos mais lotados no evento eram aqueles que discutiam como o metaverso iria revolucionar o mercado de tecnologia e o mundo. O fato é que não revolucionou (ainda). Para isso, precisamos entender de uma vez por todas que a tecnologia só se torna um sucesso se pensada em construir soluções que melhorem a vida das pessoas. Parece óbvio dizer isso, mas não é. O que devemos esperar então? Mais novidades que sejam ainda mais “high” ou mais debates que nos mostrem a união da tecnologia com a sociedade nos trazendo opções “touch”? O desafio é olhar problemas reais com soluções reais. Seu negócio faz isso?




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