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Globo e SBT abraçam microdramas depois que China provou que formato vale bilhões (e Quibi provou o que não fazer)

Emissoras lançam novelas verticais seguindo modelo asiático; mercado chinês saltou de US$ 500 mi para US$ 7 bi em 3 anos

por Carlos Merigo
Capa - Globo e SBT abraçam microdramas depois que China provou que formato vale bilhões (e Quibi provou o que não fazer)
Imagem: B9 / Lumni

Globo e SBT entraram na corrida dos microdramas após China transformar formato em negócio de US$ 7 bilhões anuais. Enquanto Quibi – lembra dele? – queimou US$ 1,7 bilhão em 2020 tentando criar “HBO para celular” e faliu em 6 meses, maiores emissoras brasileiras apostam em novelas verticais: SBT lançou “Refollow” com elenco infantojuvenil, Globo prepara piloto com Jade Picon. Ambas seguem modelo asiático de monetização por engajamento – mesmo que fez “A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário” explodir com 423 milhões de views.

Por que importa: Duas maiores TVs do país admitem que futuro passa por vídeos curtos. Microdramas provam que entretenimento móvel não é sobre qualidade cinematográfica mas volume e vício. China achou fórmula de US$ 16,2 bilhões projetados para 2030, segundo relatório da Media Partners Asia.

Números chineses explicam corrida global: 830 milhões de espectadores, 60% pagando algo. ByteDance (Red Fruit), Tencent (WeChat Video) e Kuaishou lideram mercado que produz 5 mil séries por ano. Monetização: 56% publicidade, 39% assinaturas e micropagamentos, 5% commerce integrado.

 Purple, Adult, Male, Man, Person, Electronics, face, Head, Phone, Computer

Quibi: manual do que não fazer

  • Levantou US$ 1,7 bilhão com Katzenberg (DreamWorks) e Meg Whitman (HP)
  • Produziu com estúdios de Hollywood, grandes estrelas
  • Cobrou US$ 8/mês desde o início
  • Proibiu screenshots e compartilhamento social
  • Duração: abril a dezembro 2020

Modelo asiático que funciona: ReelShort fatura US$ 28 milhões/mês fazendo oposto: primeiros episódios grátis, cobra US$ 0,99 para desbloquear final. Produção simples, algoritmo escolhe temas. Público-alvo claro: mulheres 25-35, tramas de bilionários e romance.

Brasil já provou apetite voraz: “A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário” explodiu com 200 milhões de views em 2 semanas, totalizando 423 milhões em 68 episódios. Produção levou apenas 7 dias de gravação. Victor Sparapane, protagonista, resumiu fórmula ao Notícias da TV: “Público quer intensidade em pouco tempo, esse modelo entrega isso.” ReelShort monetizou com modelo freemium – 6 episódios grátis, depois US$ 4,99 ou assistir ads para desbloquear resto. É matemática que TV tradicional nunca alcançará.

 Bar Chart, Chart, First Aid

Emissoras brasileiras entram com estratégias distintas

São slot machines narrativas, vício empacotado em cliffhangers.

SBT saiu na frente com “Refollow”: 6 atores de novelas infantis (Cinthia Cruz, Giovanna Chaves, Gui Vieira) em reality fictício sobre adolescentes. Formato multiplataforma: 90 segundos no Instagram, 10 minutos no YouTube. Decisão radical: não vai ao ar na TV tradicional.

Globo prepara resposta com Jade Picon, que traz 10,7 milhões de seguidores no TikTok – mais que os 9,9 milhões da própria emissora. Piloto de 3 episódios dirigidos por Adriano Melo, 100% vertical, distribuição via TikTok e plataformas próprias.

Amazon testa MX Fatafat, FlickReels passou 300 mil downloads, Kuku TV tem 600 mil.

 Couch, Furniture, Adult, FemAle, Person, Woman, Head, face, Conversation, People, Photo Frame

Índia acelera com Instagram e apps locais: Meta lançou “Party of Two” com 7 episódios. Story TV promete 800 títulos, projeta 100 milhões de usuários. Problema: CPMs baixíssimos dificultam monetização com publicidade. Solução: micropagamentos por episódio. Redseer projeta mercado de US$ 5 bilhões em 5 anos.

Matemática do mercado global:

  • 2024: US$ 1,4 bilhão globalmente
  • 2030: US$ 9,5 bilhões projetados (crescimento 28,4% ao ano)
  • China hoje: US$ 7 bi (era US$ 500 mi em 2021)
  • China 2030: US$ 16,2 bi projetados
  • EUA hoje: US$ 819 milhões
  • EUA 2030: US$ 3,8 bi projetados

O que Globo e SBT aprenderam observando:

  1. Não competir com Netflix, competir com scroll infinito
  2. Episódios de 90 segundos a 5 minutos, não “qualidade premium”
  3. Distribuir onde audiência está (TikTok/Instagram), não criar app próprio
  4. Usar influencers nativos (Jade) ou elenco conhecido (SBT)
  5. Testar pequeno, não all-in como Quibi
  6. Produção rápida e barata (caso brasileiro levou 7 dias)

IA já transforma produção na China: personaliza descoberta, testa gêneros, maximiza viralidade. Emissoras brasileiras podem pular etapas aprendendo com mercado maduro.

A real? Globo e SBT estão certas em copiar Ásia, não Hollywood. Quibi morreu por arrogância – achava que pessoas queriam “conteúdo premium” no celular. China provou que querem entretenimento descartável em doses rápidas.

Microdramas não são TV em tela pequena. São slot machines narrativas, vício empacotado em cliffhangers. Só que o Brasil tem CPMs ainda piores que Índia. A monetização precisará vir de micropagamentos, product placement, commerce integrado. Mas quando produção custa fração de novela tradicional, até fracasso parcial pode ser lucrativo.

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