O YouTube Brasil divulgou nesta terça-feira (2) sua retrospectiva anual, mapeando criadores, músicas e temas que dominaram a plataforma em 2025. O diagnóstico é claro: o formato “reality show roteirizado”, em que criadores transformam casas compartilhadas em cenários de desafios, tretas leves e “novelas” do cotidiano deixou de ser tendência e virou linguagem dominante.
Por que importa: a lista não é só popularidade, é comportamento. Emilly Vick, Natan por Aí, Unão e Enaldinho não entregam apenas entretenimento; entregam uma vida gamificada, onde cada refeição vira prova e cada convivência vira conteúdo. É a industrialização do banal.
O levantamento não é ranqueado, mas aponta o que mais moldou o ano na plataforma:
Os criadores que mais ganharam inscritos no Brasil (sem artistas, marcas ou infantil):
Todos com uma estética parecida: cotidiano dramatizado + competição leve + elenco fixo.
A casa como estúdio, a vida como série.
Sertanejo e funk continuam o motor do país — e o formato ao vivo ainda manda no jogo.
O reino do remix, da versão slowed, do sample inesperado:
O YouTube brasileiro de 2025 quer mostar que já não funciona como “uma plataforma de vídeos”.
Funciona como um ecossistema de mídia paralelo, onde criadores operam como mini-emissoras, com: roteiro implícito, elenco recorrente, arcos narrativos semanais, dramas controlados e desafios infinitos
E tudo isso empacotado no que o algoritmo (e a empresa) mais adora: atenção contínua.
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