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Um legítimo Tarantino

por Carlos Merigo

Antes de falar da experiência fantástica que é assistir Kill Bill, a mais nova obra-prima de Quentin Tarantino, gostaria de citar o cinema no qual fui assistí-lo.

Pela primeira vez fui no Kinoplex Itaim conferir o tão famoso sistema de som digital THX, criado pelo estúdio de George Lucas. E realmente, tem-se que admitir, sonoramente é algo indescritível, é possível ouvir nitidamente cada timbre, cada nuance do som, como uma agulha caindo no chão e o zumbindo de um mosquito ecoando por toda a sala, por exemplo.

Espero que em breve todas as salas das grandes redes de cinema, como Cinemark e UCI, adotem este sistema de som, que agrega muito na hora de se assistir um bom filme.

Bom, mas deixando a propaganda gratuita de lado, resta dizer que Kill Bill é um filme absolutamente maravilhoso. Foram 6 anos de espera por mais uma criação de Tarantino após Jackie Brown, mas valeu a pena e isso podemos constatar logo nas cenas iniciais.

Assistindo Kill Bill é possível perceber como o diretor parece fazer apenas aquilo que lhe diverte, se o espectador vai gostar ou não, isso não é problema dele. E por incrível que pareça, quem assiste os absurdos de Tarantino se diverte ainda mais.

Kill Bill é uma clara homenagem a filmes de artes marciais japoneses e chineses das décadas de 60 e 70, sua estrutura é de um típico filme de samurai misturado com o estilo faroeste spaghetti. Toda a estética desses gêneros está presente, incluindo efeitos sonoros de seriados, sobras de fimes do Godzilla e homenagens aos seus astros, por exemplo.

O brega se torna cult e toda a bagagem de cultura pop de Tarantino permeia todo o filme. Como exemplo, posso citar referências a Bruce Lee, Akira, Charlie Brown do Snoopy e colegiais japonesas. Há também dezenas de citações a seus filmes anteriores, como Pulp Fiction e Um Drink no Inferno.

Muitos críticos taxaram Kill Bill como o filme mais violento de todos os tempos, porém, é um comentário de quem logicamente não entendeu a premissa da coisa. A violência é tão caricata e escrachada, que o espectador mais se diverte do que se sente chocado. Quando uma cabeça é decepada, vemos o sangue jorrar feito uma torneira aberta, tudo com um ar bem cartunesco.

As cenas de kung-fu são impressionantes, em uma delas “A Noiva”, cujo nome só será revelado no Volume 2, enfrenta 88 yakuzas numa seqüência de meia hora de duração. Kill Bill é visceral e cru, onde toda criatividade de Tarantino é um espetáculo a parte, jogadas de câmeras fantásticas, com close nos olhos, troca de cenário, cena em preto e branco, telas divididas, letreiros espirituosos e por aí vai.

Em certo momento as luzes se apagam durante a luta, criando uma bela cena em contraluz onde sombras trocam golpes de espada. Cada momento do filme é mais marcante que o outro e o impacto criado no espectador é enorme, como a cena em que Hattori Hanzo concede a espada à “Noiva” e todo o diálogo entre eles momentos antes.

Uma Thurman, linda como sempre, está excelente no papel da protagonista, demonstrando todo o drama de sua personagem. Uma é também co-autora do roteiro junto com Tarantino.

Outro aspecto de Kill Bill típico de Tarantino, é a narrativa apresentada numa estrutura não-linear, onde vemos acontecimentos fora da ordem cronológica. Isso também agrega muito ao filme, deixando quem assiste na expectativa e tentando adivinhar a origem do personagem ou motivo da situação.

Um momento memorável do filme é a linda seqüência em anime que conta a história da personagem O-Ren Ishii. Absolutamente genial. O estilo próprio e expressividade do desenho japonês criam um efeito brutal e dramático, só a cena em que a garotinha segura o choro é maravilhosa. Uma obra de arte.

Tudo isso aliado a uma trilha sonora sensacional, que se encaixa em cada momento do filme. Tarantino chega a criar diversas cenas apenas em função da música, que varia desde o funk setentista a sons orientais. E como eu sempre digo, uma boa cena junto com a música ideal cria um impacto inimaginável em quem assiste.

Muita gente vai achar furos no roteiro e até sentir falta dos inteligentes diálogos típicos de Tarantino, mas não há como negar, Kill Bill é em todos os aspectos um filme brilhante. O difícil vai ser agüentar até Outubro para conferir o final da saga, ainda mais depois da revelação bombástica feita na última frase dita no filme.

Como eu disse no início deste post, é um novo clássico da cultura pop, com uma estética extremamente bem trabalhada e divertida de um legítimo Tarantino. E, como não poderia ser diferente, fim de semana irei assistir novamente.

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