SXSW 2017: Estoure a bolha! • B9

SXSW 2017: Estoure a bolha!

A transformação humana é o que de mais tecnológico temos pra hoje

por Barbara Bono
Capa - SXSW 2017: Estoure a bolha!

Você percebe que fez uma escolha certa ao participar de um evento quando sua cabeça está dez vezes mais cheia do que a sua mala. Esse ano mudei o foco para acompanhar algumas palestras e discussões diferentes e me joguei de cabeça nas questões de tecnologia, robôs, carros, mobilidade, mas as questões sociais – de gênero e de gerações – também não poderiam faltar pra mim. Ou seja, uma misturada só. Talvez, por isso mesmo, essa mistura esteja mexendo tanto comigo nesse fim de SXSW.

A gente sabe que volta pra casa num país que passa por um momento complicado, com as empresas passando por processos gigantes de transformações, impactados por esse cenário econômico, sim, mas também pra correr, pelo menos um pouco, atrás de chegar ao pé de algumas discussões mais do que sacramentadas em outros cantos do mundo – como as que podemos ver no SXSW 2017.

Trabalhar com comunicação no Brasil não é fácil, mas é uma delícia. Com digital e conteúdo então? Mais ainda. É encarar um leão por dia, literalmente! E não aquele de Cannes, não. É como viver em looping dentro de um textão e todas as suas polêmicas. Como contar histórias e conectar pessoas num país onde o uso das redes sociais mais parece um faroeste? Sem legislação decente contra factóides, onde todo mundo tem opinião pra tudo, ao mesmo tempo que estamos atrasados demais em uma série de questões sociais? Como engajar alguém com aquilo que você tem a contar disputando espaço com a última treta da semana, o meme de gato fofinho, as páginas de humor e a enxurrada de conteúdo político fake criado em série pra fazer com que a gente perca o foco com o que realmente importa? Haja criatividade!

E é disso que eu gosto. Criatividade, conteúdo e pessoas. Pra me animar eu só consigo pensar nas pessoas. Adoro juntar pessoas, conectar gente, engajar com causas e tento trazer isso para o meu dia a dia. Sim, mesmo no trabalho. Não consigo acreditar em gente que é uma coisa no trabalho e outra fora dele. O que mais ficou forte pra mim aqui esse ano, mais do que toda tecnologia, pra onde caminha tudo isso, o futuro que nos espera… é que o presente é o que vai fazer isso tudo acontecer de fato e pra isso precisamos estar atentos a uma coisa: o fator humano.

Ter empresas de carro envolvidas com o futuro das cidades é entender o lugar do seu produto

Do que adianta toda uma conversa sobre mobilidade e cidades, carro do futuro, se a legislação não acompanhar a tecnologia? Ter um trânsito inteligente onde você tenha o carro dos Jetson, mas continue parado, ainda é ter um trânsito. Ter um carro autônomo, melhorar a fluidez das cidades, mas matar pessoas, é deixar de lado que a fluidez tem como centro o “humano”. Ver a Igreja saber usar cada vez melhor a tecnologia a seu favor e como a tecnologia está mudando a fé é incrível, mas esse poder de mobilização está sendo usado para o bem? Pra quem?

Cansei de ouvir aqui que o “bom” é o novo “bem”. “Good is the new black”. Não adianta só contar uma boa história dizendo que sua marca/serviço/projeto faz uma coisa legal. Essa coisa legal está acontecendo dentro de casa? Está legal pra quem faz o seu produto ser que é? É linda (e necessária, isso não está em discussão) uma campanha de igualdade de gênero, por exemplo, mas dentro de casa seu RH está envolvido em projetos sobre isso? Há paridade de gênero nos altos cargos? Para as empresas brasileiras me parece que ainda há um longo caminho a ser percorrido nesse sentido.

Trans no comercial de TV é maravilhoso, mas e o processo seletivo pra empregar essa galera está contemplado na sua empresa?

Por isso que as pessoas são fundamentais nesse processo. Me dá uma certa agonia, às vezes, porque acredito que queremos dar passos maiores do que as instituições que temos ao redor estão preparadas, um olhar que vai muito lá na frente, e precisamos pensar na construção desse hoje. Tangibilizar esse futuro hoje é exatamente pressionar o modelo a mudar, a andar. E essa construção é feita com as pessoas. Mais do que inputs para a nova campanha ou um novo projeto de conteúdo para o lugar onde trabalho hoje, estou voltando com o esboço de três projetos: um de RH, um de TI e um de gênero. O que eles têm a ver com comunicação? Tudo! São todos sobre pessoas e elas são fundamentais para o futuro de qualquer negócio. E se eu quero que “fora de casa” as histórias façam sentido, dentro de casa elas precisam fazer mais ainda.

Não tem certo, nem errado. Tem jornada. Conversei com gente pra caramba por aqui. O cara do veículo que está bombando, a empreendedora, o CEO de grande empresa, o fulano responsável pelo hub de conteúdo do momento, amigos de agências… Está todo mundo na busca dessas verdadeiras conexões. A gente já entendeu pra onde as coisas devem ir, o que o futuro nos reserva, etc etc. Vamos passar agora pelo processo? Teorizar menos e ajudar a construir mais esse futuro que a gente tanto quer num país tão diferente de tudo que é visto fora?

Acredito que a união da “indústria da comunicação“ tem muito a contribuir com a velocidade pra se alcançar esse futuro, mas sem os colegas das outras áreas juntos nessa, vira tudo uma linda história. Ou mais um textão. Ou A “campanha do momento”. Mudança mesmo? Vai ficando para o próximo flight. Já estamos sem tempo de pensar em filght. No mundo das conexões humanas, esse enredo precisa ser costurado já. Contratar mais mulheres para criação da sua agência é entender que o futuro é feminino e não apenas falar que sabe disso.

Ter empresas de carro envolvidas com o futuro das cidades é entender o lugar do seu produto. Incentivar, incubar e se aparceirar de empreendedores é fazer a economia girar e por aí vai. Trans no comercial de TV é maravilhoso, mas e o processo seletivo pra empregar essa galera está contemplado na sua empresa? Estamos falando de não apenas entender a lógica de para onde as coisas caminham, mas evoluir junto dessa lógica de apenas contar a história para criar a história de fato. Fazer a história. Ainda estamos na bolha, mas já passou da hora de estourar.

Se não for pra mudar o que está ao meu redor, eu nem saio de casa. Vamos nessa?

Até ano que vem! :)

Esse conteúdo é oferecimento da Apex-Brasil, que divulgará durante o SXSW 2017 a campanha Be Brasil, uma narrativa envolvente que promove um Brasil confiável, inovador, criativo e estratégico no mundo dos negócios. Saiba mais em www.bebrasil.com.br/pt

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