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Cinco destaques do cinema nacional no primeiro semestre

Com o fim do primeiro semestre se aproximando, listamos alguns filmes brasileiros que se sobressaíram até aqui

por Matheus Fiore

O cinema nacional vem mostrando, a cada ano, uma surpreendente capacidade de diversificar temas e estilos por meio dos mais variados filmes. Em 2017, por exemplo, tivemos filmes como “O Filme da Minha Vida”“Bingo – O Rei das Manhãs”“Como Nossos Pais” “Comeback”, obras tão ricas quanto diferentes entre si. Entre os citados, há desde longas baseados em relações familiares com uma estética nostálgica de um cinema clássico a experimentações calcadas no faroeste e estudos sobre figuras da cultura popular brasileira.

Em apenas seis meses de 2018, já tivemos uma nova leva de grandes filmes que merecem a atenção do espectador. Resolvemos, então, listar algumas dessas obras, que podem ser conferidas nos serviços de streaming, video on demand e cinema.

“Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor

Exibido pela primeira vez no Festival do Rio de 2017, “Aos Teus Olhos” muito lembra o famoso “A Caça”, de Thomas Vinterberg. Um professor de natação que dá aulas para pré-adolescentes é acusado de ter beijado um de seus alunos. O filme de Jabour, porém, segue caminho diferente do de Vinterberg.

Enquanto o dinamarquês de 2012 foca na impossibilidade dos coadjuvantes de chegarem à verdade sobre o caso, a trama de Jabour está mais engajada em discutir a mentalidade justiceira que tem se propagado em virtude dos boatos de redes sociais.

O filme merece destaque não só pelas fantásticas atuações de Daniel de Oliveira e Malu Galli, mas também pela coragem de Jabour de não ceder aos caminhos mais fáceis. A cineasta mantém a trajetória dos personagens e do filme fiéis a uma proposta narrativa que não cede às respostas óbvias nem almeja finais felizes. É, portanto, uma obra capaz de trazer discussões interessantes, que emanam de um filme esteticamente arrojado.


“Arábia”, de Affonso Uchoa e João Dumans

Dirigido por Uchoa e Dumans, o longa acompanha Cristiano, um metalúrgico que, por seu passado de criminalidade, não consegue boas oportunidades de emprego e viaja por cidades do interior de Minas em busca de trabalho. O filme traz comentários sociais fortes, e tem como ponto alto a forma como retrata figuras marginalizadas da sociedade brasileira de forma simples, buscando ser, antes de tudo, um exercício de empatia, que busca dar ao espectador um novo olhar para situações cotidianas.

Podemos destacar, em Arábia, o inteligente uso da profundidade de campo por parte do diretor de fotografia Leonardo Feliciano. Leonardo diversas vezes utiliza uma profundidade de campo curta (enquanto os elementos mais próximos da câmera estão focados, o fundo fica desfocado), o que permite que o espectador veja apenas o rosto do protagonista, enquanto no fundo estão as cidades e ruas, sempre embaçados, permitindo que a ideia de distanciamento entre camadas da sociedade seja uma característica estética do filme.


“As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra

Esse talvez seja o mais corajoso filme brasileiro lançado em 2018. Assim como “Aos Teus Olhos”, foi lançado pela primeira vez no Festival do Rio de 2017. O filme de Rojas e Dutra, assim como os demais dessa lista, mostra uma grande preocupação com apontamentos em questões sociais, mas não deixa de ser um filme com muitas outras pretensões dramáticas.

Em “As Boas Maneiras”, é impossível não elogiar a variação de tons e gêneros que permeia os 130 minutos da obra. O filme começa como um terror social que muito lembra o recente “Corra”, mas evolui ao ponto de transformar-se em uma fábula que desconstrói o mito do Lobisomem.

É, portanto, um filme que vai desde o suspense ao terror e à fantasia, mantendo sempre uma coesão dramática e fazendo com que cada transformação traga novos elementos na construção de uma análise sobre os desafios da maternidade e o medo do desconhecido.


“Ex-Pajé”, de Luiz Bolognesi

O documentário de Bolognesi mergulha na rotina de Perpera, um ex-pajé que trabalha como porteiro de uma igreja construída em sua vila.

Enquanto acompanha o dia-a-dia de Perpera, Bolognesi utiliza sua câmera para mostrar como a cultura indígena são engolidos pelo processo de evangelização que consome o Brasil.




O Processo, de Maria Augusta Ramos

O mais polêmico filme da lista é, sem dúvidas, o mais engajado politicamente. “O Processo” acompanha o impeachment da presidente Dilma Roussef, desde sua votação até os momentos finais. Sem nenhum medo de escolher lados – diferente de obras mais recentes como “O Mecanismo”

-, o filme assume seu posicionamento à esquerda e faz política sem deixar de fazer arte, utilizando desde a iluminação ao corte como ferramentas narrativas para construir um cenário obscuro e desesperançoso em um país mergulhado na maior crise política da era democrática.

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