Analistas garantem que a marca Victoria’s Secret está caminhando para o fim

Na semana passada, a empresa controladora da Victoria’s Secret, a L Brands, anunciou seu balanço do mês de junho, e a surpresa foi ver a grande queda que a marca teve bem no auge do verão no hemisfério norte, época em que as vendas da VS mais aumentam.

Desde a notícia do “mês não tão bom” da Victoria’s Secret, alguns analistas têm afirmado que a marca está caminhando para o seu fim. Pode parecer exagero, mas alguns pontos fazem realmente sentido.

Segundo Randal Konik, analista da Jeffries, a marca tem sofrido consequentes quedas no tráfego, poder de preço e participação de mercado. Outro problema, ainda segundo Konik, é que os investidores estavam ignorando justamente esses sinais de alerta por acreditarem que a VS é uma marca “inabalável”.

A marca ainda perdeu espaço entre públicos que eram fundamentais, como o teen. A Pink, braço da VS voltado para esse nicho do mercado, perdeu considerável espaço para as concorrentes, como a Aerie, da American Eagles.

Outro ponto (que não é problema, mas afeta a marca) é mudança de estereótipos quanto às propagandas femininas. A Victoria’s Secret mantém uma linha de marketing excessivamente sexualizado e com modelos cujos corpos não representam o padrão real.

O interessante é que, ao levantar todos esses pontos como problemas que afetam as finanças da marca, muitos leitores da Fast Company e do Bloomberg

se manifestaram dizendo que o grande impasse é que a qualidade dos produtos VS caiu muito nos últimos anos, enquanto os preços só aumentam.

É verdade que é um certo exagero afirmar que a Victoria’s Secret está caminhando para uma falência. Ainda assim, não se pode negar que a empresa não passa por seu melhor momento. Só nos resta aguardar quais serão as consequências.