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Com painel objetivo, Paramount retorna à CCXP apostando na nostalgia

De volta ao evento após um ano de hiato, estúdio apostou em “Bumblebee” para cativar atenção do público e trouxe conteúdos de “Rocketman” e “Cemitério Maldito” (além de uma espiadinha no filme do Sonic)

por Pedro Strazza
Capa - Com painel objetivo, Paramount retorna à CCXP apostando na nostalgia

2017 não foi um bom ano para a Paramount Pictures. Um dos estúdios mais tradicionais de Hollywood, ela embalou uma sequência de fracassos no ano passado que incluíram “Transformers: O Último Cavaleiro”, o último capítulo da série dirigido por Michael Bay que acabou tendo sua bilheteria seriamente afetada pela má reputação agremiada à franquia e seu realizador ao longo dos anos. A situação beirou tanto à crise que a empresa teve que aplicar alguns planos de contingência, que além de vender os direitos de distribuição de “Aniquilação” e “The Cloverfield Paradox” à Netflix incluiu a decisão drástica de pular a quarta edição da Comic Con Experience, onde sequer teve estande.

Os últimos meses, porém, foram capazes de reverter esta situação a um ponto mais equilibrado, e graças ao sucesso avassalador de projetos como “Um Lugar Silencioso” e o último “Missão: Impossível” o estúdio conseguiu retornar à CCXP a tempo de seu quinto ano de vida. De volta ao evento e ao auditório Cinemark, a Paramount fez uma apresentação contida mas extremamente focada, alinhada com um planejamento que envolvia acima de tudo o objetivo de garantir o sucesso de seus próximos projetos para evitar um novo cenário desastroso – e a chave para alcançar isso, como tudo na indústria de hoje, foi apostar todas as fichas na nostalgia do público do evento sobre marcas e produções do passado.

(créditos: I Hate Flash)

Não à toa, o painel da empresa começou com um vídeo direto ao ponto e quase calculado de “Rocketman”, cinebiografia com tiques de fantasia da carreira de Elton John que será lançado no primeiro semestre de 2019. Introduzido na peça sem nenhuma cerimônia, o diretor Dexter Fletcher deu ao público da audiência uma palhinha da voz do ator Taron Egerton sem qualquer mixagem envolvida (isso segundo ele, pelo menos) e contou à audiência uma dessas histórias mágicas onde o filme começa a ser produzido pelo encontro acidental de pessoas muito criativas – no caso ele, Egerton e o próprio músico, que há tempos tem o roteiro do projeto finalizado. A ideia deu muito certo: a performance vocal do ator para “Don’t Let the Sun Go Down On Me” despertou aplausos entusiasmados dos presentes, aquecendo a plateia para a introdução de Lorenzo di Bonaventura, Paolla Oliveira e Guilherme Briggs.

Cemitério atropelado

“Alguns filmes e histórias são perpétuas” foi quase que literalmente a primeira coisa que Lorenzo di Bonaventura pronunciou no palco do auditório, depois da rodada de palmas do público. Nome importante em Hollywood e um dos grandes responsáveis pela introdução e sucesso desta reencarnação da franquia “Transformers” nos cinemas, o produtor foi o principal convidado do estúdio para o painel deste ano e estava ali para divulgar o remake de “Cemitério Maldito” e “Bumblebee”, duas produções que acima de tudo tem nas reminiscências da audiência com o imaginário dos anos 80 sua maior aposta – o primeiro por conta da versão anterior e dirigida por Mary Lambert, o último por se passar na década e ser um “retorno às origens” da marca.

Mas ainda que os dois projetos contem com o envolvimento direto de Bonaventura, o interesse maior da Paramount era claramente com o derivado da saga dos Autobots contra os Decepticons. Depois de responder duas ou três perguntas sobre a nova adaptação do livro escrito por Stephen King – que no máximo envolveram algumas declarações gerais do nível de “É uma história pequena com um cenário pequeno, mas temas grandes” e “Parecia a hora certa para explorá-la [a história] novamente” – e assistir na telona do espaço o trailer já lançado do longa, o produtor logo se viu juntado da dupla de dubladores do novo “Transformers” para discutir o novo momento da franquia nos cinemas. Era uma abordagem que fazia sentido aos propósitos do estúdio: enquanto “Cemitério” precisa do mistério para atrair seu espectador ao cinema, a plateia do auditório Cinemark estava ali para ser convencida de que a série estava mesmo tomando rumos diferentes do que seu viu nos últimos anos.

Neste sentido, a apresentação da Paramount foi extremamente bem sucedida em seus propósitos. Ancorado por comentários de Briggs e Oliveiras em cima de suas declarações, Bonaventura reiterou continuamente a noção de que o spin-off focado no fusca amarelo retornaria a marca a um conjunto de valores mais simples em relação ao que já foi visto. “Nós ouvimos os fãs” afirmou o produtor em determinado momento, que também comentou sobre como a ambientação do novo longa é uma volta à primeira geração de Transformers e a “uma época mais inocente”, algo que no projeto dirigido por Travis Knight é traduzido até na representação dos robôs: “Nós queríamos dar uma nova experiência. Os robôs tem menos partes, eles se movimentam de forma mais truncada, o público poderá entender como eles se transformam e se movem!” afirmou o executivo a certa altura.

Elogios à Knight também não faltaram, assim como comentários sobre empoderamento feminino vindos de Paolla Oliveira sobre sua personagem, uma vilã Decepticon que é a primeira do tipo nesta sequência de live-actions. A ideia que parece central à “Bumblebee” e buscou ser repassada pela Paramount à plateia do auditório é de que o longa é acima de tudo leve (“A maior discussão que tivemos no set foi sobre qual música incluir na trilha sonora”) e bem intencionado, distante das megalomanias de Bay e pautado nas ligações entre a jovem protagonista vivida por Hailee Stenfield e o Autobot em uma faceta mais adorável e similar ao visual do desenho animado dos anos 80. Para coroar tudo isso, o trailer estendido exibido no painel reiterou esta proposta ao mesmo tempo que dava um pouco mais de detalhes sobre a premissa do filme, que deve mostrar um Bumblebee desmemoriado e sendo perseguido pelos Decepticons; robôs e explosões, claro, não faltaram à peça.

Mas ainda que o propósito do evento tenha sido este, a noção maior que prevaleceu na apresentação da Paramount foi a de um direcionamento maior da empresa em direção à capitalização da nostalgia, uma tendência percebida e explorada por todos os seus outros grandes rivais no mercado. A vinheta final do painel com os próximos projetos do estúdio, inclusive, pareceu um grande resgate de marcas e produções muito queridas do público, incluindo “G.I. Joe”, “Clifford”, “Dungeons and Dragons”, “Dora, a Aventureira”, “Top Gun: Maverick” e o filme do “Sonic” que ganhou seu primeiro vislumbre na CCXP – e se vale o comentário, a versão em “carne e osso” do personagem parece bastante felpudinha.

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