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A planilha sobre trabalhar com publicidade no Brasil está de volta – e ela é mais importante do que parece

Documento é muito mais que uma série de reclamações sobre as principais agências do país

por Ken Fujioka

Abuso, assédio e má conduta existem em todas as indústrias – sem exceção.

Hoje, 31 de janeiro, surgiu uma (nova) planilha com declarações sobre a experiência de trabalho nas agências de publicidade do país. Intitulada “Como é trabalhar aí”, o documento é a terceira iteração de algo que já causou muita turbulência no meio – a segunda inclusive virou tema de Braincast.

Por isso, a pergunta que os publicitários deviam se fazer é: por que existem várias planilhas anônimas sobre as condições de trabalho nas agências? Em nenhum outro segmento existem tantas planilhas – alguns sequer têm.

Eu tenho uma hipótese: as agências, de forma geral (e toda generalização é injusta), não representam espaços seguros para diálogos francos ou denúncias.

Há motivos pra isso. Quase todo mundo conhece alguém que foi demitido ou retaliado porque expôs algo errado na agência em que trabalhava, por exemplo. Eu soube de uma agência que contratou uma consultoria independente para ser o canal de compliance anônimo, mas que, quando houve uma denúncia, o dono passou por cima da política estabelecida (por ele mesmo!) para saber quem era a pessoa que fez a denúncia.

Adivinhe o que aconteceu com essa pessoa?

Pois é.

A maioria esmagadora dos gestores em agências nunca recebeu sequer uma hora de treinamento ou capacitação sobre gestão de pessoas. Muitos desses gestores acham que gerir é sobre exercer poder, e não sobre a responsabilidade sobre a carreira e a performance de outros seres humanos. Daí surge esse espaço baseado no anonimato que, convenhamos, é uma merda: acaba virando uma caixa de desabafos e ofensas.

E fica fácil para a liderança da agência dizer simplesmente: “não vou levar isso em consideração, são um bando de covardes”.

Mas é possível ver as planilhas com outros olhos. Por exemplo, ignorar as ofensas e analisar quais os tipos de demandas são mais comuns, usando essas pautas como um ponto de partida para admitir as falhas e melhorar o que é possível – além de aprender com o que é dito sobre outras agências.

Eu não estou mais nesse mercado, mas me importo com ele.

Primeiro, porque me deu muita coisa. Segundo, porque tenho pessoas amadas e queridas que estão nele — e dependem dele pra sobreviver. Terceiro, porque estamos vivendo o momento em que minorias e grupos minorizados estão conseguindo abrir brechas nessa indústria, depois de décadas de exclusão.

Por isso, mesmo não estando mais dentro dele, coordenei com a Ana Cortat uma pesquisa sobre assédio nesse mercado. E por isso eu torço para que o mercado se torne cada vez menos problemático e encho tanto o saco de quem lidera esse segmento.

Porque eu tenho a crença de que essa transformação começa com uma mudança de mentalidade das pessoas que estão em posição de gestão: elas são os seres humanos que tomam, todos os dias, decisões que impactam a vida de outros seres humanos.

P.S.: Se você ainda não leu a análise feita pelo Pedro Barreto e a Ingrid Natasha sobre a planilha de 2019, precisa conhecer aqui.

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