Este ano, pela primeira vez na história do Carnaval, o número de blocos que desfilarão na cidade de São Paulo será maior que o do Rio de Janeiro. São esperados 796 blocos nas ruas da capital paulista, de acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, enquanto o RJ terá 731.
Para Gisele Jordão, produtora cultural e coordenadora de Cinema e Audiovisual da ESPM São Paulo, essa explosão do Carnaval paulistano deve muito à participação das mulheres: “São Paulo mostra uma tendência de retomada dos espaços públicos durante as festividades, e muito disso é explicado pela crescente participação das mulheres” afirma.
De acordo com produtora cultural, a mudança no perfil dos blocos de rua e o avanço das pautas feministas contribuíram para essa mudança de cenário. Hoje, o ambiente nos blocos e nas ruas é mais favorável para as mulheres do que há 10 anos: Elas assumiram papéis de liderança e a organização de vários blocos em São Paulo”, explica.
Há cerca de 10 blocos criados e liderados por mulheres na cidade. Dois exemplos são o Pagu e o As Obscênicas. Mariana Bastos, cineasta e uma das organizadoras do Pagu, conta que inicialmente a ideia era homenagear grandes cantoras brasileiras, mas que o objetivo do bloco mudou de rumo: “Conforme amadurecemos a ideia, nos demos conta que o Carnaval também envolvia questões sociais sensíveis para as mulheres, em especial a questão da violência”.
A arquiteta Lara Lima, uma das idealizadoras do bloco As Obscênicas, também destaca a violência e a falta de representatividade como os principais problemas de muitos blocos que não trazem mulheres na organização: “O Carnaval ainda é um ambiente muito masculino e isso se reflete na organização dos blocos. Por conta dessa estrutura, as mulheres acabam não tendo voz como deveriam. Muitas mulheres chegaram até nós insatisfeitas com o ambiente do Carnaval, inclusive relatando diversas formas de abuso e assédio.”
Apesar dos problemas sociais que motivaram a formação dos blocos femininos, ambas organizadoras dizem que houve avanços nos últimos anos, especialmente pelo aumento da participação das mulheres nos blocos como o reflexo de uma movimentação social mais ampla, “que também contempla o avanço feminino em outras áreas antes dominadas pelos homens, como a política e o mundo corporativo”, diz Mariana.
As organizações de 31 blocos paulistanos declararam ter expectativa de público superior a 100 mil pessoas. Segundo a SPTuris, o público no Carnaval de rua paulistano saltou de 1,5 milhão de foliões em 2015 para 14 milhões em 2019. No mesmo período, as mulheres ampliaram a sua fatia no total de foliões, passando de 46,9% para 54,1%.
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