Facebook testa criação de rede de apoio a quem for exposto a conteúdos extremistas

Depois de criar centrais de informação dedicadas à pandemia, às eleições presidenciais norte-americanas e à vacinação, o Facebook agora parece enfim estar pronto para lidar de frente com movimentos extremistas que infestam sua plataforma. A CNN Business reporta que a companhia começou a testar nos EUA o uso de alertas com links de apoio e recursos a usuários que tenham sido expostos a conteúdos extremistas ou que possam aos poucos caindo para rumos de extremismo a partir da rede social.

Além de confirmar o experimento, um porta-voz da empresa escreve ao veículo que o projeto é parte do maior trabalho da companhia “em criar formas de providenciar recursos e apoio a pessoas no Facebook que podem ter engajado com ou foram expostas a conteúdos extremistas ou que podem conhecer quem esteja sob risco”. É também parte da Redirect Initiative da rede social, que busca combater a violência derivada de movimentos do tipo, e deve contar com apoio de ONGs e especialistas da área.

Enquanto o Facebook diz que em breve deve compartilhar mais informações sobre a central, o teste do momento é relativamente simples. Como escrito acima, os links listados no alerta buscam ajudar o usuário caso ele esteja preocupado que um conhecido esteja se juntando a um grupo ou movimento violento, e a plataforma já criou uma seção de ajuda batizada de “O que posso fazer para prevenir radicalização” com direcionamento a programas como o programa Life After Hate da ExitUSA e dicas de como se relacionar com alguém que busca sair de um grupo de ódio.

É sem dúvida uma outra forma direta de lidar com o tema, dado que o Facebook desde sempre precisa combater grupos de extrema-direita que propagam todo tipo de horror em qualquer país. Como todo o mercado, a plataforma também busca reforçar a segurança da comunidade após o caso da invasão ao Capitólio norte-americano no começo, que resultou no banimento do ex-presidente Donald Trump da rede social.