Jaqueta falha na chuva e The North Face responde com entrega espetacular: marketing genuíno ou encenação?

A The North Face realizou uma ação que tem gerado debate sobre a autenticidade das críticas dos clientes e o marketing nas redes sociais. Uma consumidora, Jenn Jensen, publicou no TikTok um vídeo reclamando que sua jaqueta à prova d’água da The North Face não funcionou como esperado durante uma caminhada sob chuva na Nova Zelândia. O post já acumula quase 12 milhões de visualizações

@fannypack310

@thenorthface i’m not mad i’m disappointed …and wet

♬ original sound – Jenn Jensen

Em resposta, a empresa rapidamente enviou um helicóptero para entregar uma nova jaqueta no topo de uma montanha, um gesto que foi gravado (claro) e também viralizou.

@thenorthface

Replying to @Timbrodini We were busy express delivering @Jenn her jacket at the top of mountain. Thanks for the help Jossi!

♬ Lisztomania – Instrumental – Phoenix

A ação levantou questionamentos sobre se trata de uma reclamação genuína ou um marketing ensaiado, principalmente considerando o caso recente em que a Stanley deu um novo carro para uma consumidora.

Nos comentários dos posts, alguns usuários duvidam do vídeo gravado por Jenn, enquanto outros elogiaram a rapidez e criatividade da resposta da marca. Esse incidente poderia exemplificar uma nova tendência, chamada de “Fast-vertising”, onde as empresas reagem rapidamente a conteúdos virais para criar publicidade.

A discussão agora se volta para a autenticidade dessas ações e se veremos mais marcas tentando criar experiências de clientes virais “ensaiadas”. Como diferenciar uma coisa da outra? Ainda que a liderança e coordenação eficaz dentro das empresas sejam cruciais para executar campanhas com sucesso, independentemente de serem reais ou encenadas, isso levanta questões éticas.

Enquanto a entrega via helicóptero pode demonstrar um compromisso impressionante com o serviço ao cliente, a dúvida sobre a encenação da situação inicial coloca em xeque a credibilidade da marca. Isso sugere uma necessidade de equilíbrio entre ações espetaculares e a manutenção da confiança e transparência com os consumidores. Sendo assim, nessa era de publicidade rápida, as marcas podem precisar considerar cuidadosamente como suas respostas virais serão percebidas e se elas reforçam ou prejudicam a percepção de autenticidade e confiabilidade junto ao público.

Share
Publicador por
Carlos Merigo

Recent Posts

  • Brasil
  • Criatividade

Deborah Secco vira “Deborah Hidratada” em nova campanha da CeraVe para o inverno brasileiro

Deborah Secco agora atende por um novo nome: Deborah "Hidratada". Bem, pelo menos no Instagram. A mudança de sobrenome faz…

2 dias Atrás
  • Brasil
  • Criatividade

O Boticário usa Odete Roitman para falar mal de produto brasileiro

O Boticário acabou de inventar um novo formato de merchandising: contratar uma vilã para falar mal do seu produto. A…

2 dias Atrás
  • Brasil
  • Criatividade

Lacta contrata Selton Mello para vender chocolate como “solução para tudo”

A Lacta decidiu que o problema da vida moderna tem uma solução de 30 gramas: chocolate. A nova campanha com…

4 dias Atrás
  • Brasil
  • Criatividade

iFood escala Abel Ferreira para “treinar” entregadores (e a metáfora é exatamente o que você está pensando)

O iFood decidiu que a melhor forma de atrair entregadores é tratá-los como jogadores de futebol em busca de títulos.…

4 dias Atrás
  • Brasil
  • Criatividade

Google e LATAM testam campanha 100% IA feita com Veo 3

A LATAM Airlines virou a primeira marca brasileira a apostar todas as fichas na inteligência artificial do Google para criar…

5 dias Atrás
  • Brasil
  • Criatividade

Vivo transforma Nadal aposentado em gamer casual

A Vivo encontrou um jeito criativo de manter Rafael Nadal relevante pós-aposentadoria: transformá-lo em gamer de sofá. O novo filme…

5 dias Atrás