YouTube testa busca com IA que mistura Stories, Google e textão
Nova experiência, liberada só para alguns assinantes Premium, promete resumos automáticos e recomendações com cara de carrossel

A busca do YouTube acaba de ganhar uma nova camada de inteligência artificial — e, com ela, uma pitada do caos informativo do Google. A plataforma está testando um carrossel de resultados alimentado por IA, que mistura vídeos, resumos automáticos e respostas geradas por inteligência artificial direto na página de busca.
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A novidade lembra os AI Overviews do Google (que já causaram polêmica com erros e respostas bizarras) e está disponível apenas para um grupo aleatório de usuários Premium nos EUA, em dispositivos iOS e Android. Por enquanto, só funciona para buscas em inglês e em temas como compras, viagens e “coisas para fazer” em determinado lugar.
Por que importa:
YouTube vira mais uma peça do quebra-cabeça do Google para enfiar IA generativa em todo canto — agora com impactos diretos sobre como as pessoas encontram e consomem vídeo. Para criadores, isso pode significar menos cliques e mais intermediação algorítmica.
Como funciona:
- Resultados em carrossel: ao buscar algo como “coisas para fazer em Tóquio”, o usuário vê um vídeo em destaque, seguido de miniaturas de outros clipes.
- Resumo com IA: uma resposta textual gerada por IA aparece antes dos vídeos, explicando o tema da busca.
- Formato inspirado nos Stories: o visual remete aos carrosséis do Instagram ou TikTok, com interação horizontal.
IA conversa com você
Além da busca turbinada, o YouTube também está liberando gradualmente a ferramenta de IA conversacional, que antes era restrita a Android e Premium. Ela aparece como um botão “Ask” abaixo dos vídeos e permite:
- Fazer perguntas sobre o conteúdo do vídeo
- Pedir um resumo antes de assistir
- Buscar recomendações relacionadas
A questão:
Quem controla a narrativa?
Com resumos automáticos e respostas intermediadas pela IA, o YouTube se aproxima da lógica dos snippets do Google — o que pode reduzir visualizações diretas e afetar o tráfego orgânico dos criadores. E, considerando o histórico de respostas questionáveis do AI Overview, a curadoria algorítmica ainda é uma zona de risco.
A experiência vai até 30 de julho e não há previsão de lançamento global na IA conversacional. Mas o experimento já sinaliza como será o futuro da busca em vídeo: mais automatizado, mais opinativo — e menos controlado pelo criador.
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