Nike transforma Kerolin em protagonista de game show de terror e leva experiência ao Villa-Lobos em SP

A Nike decidiu que a melhor forma de promover futebol feminino é transformando dribles em questão de sobrevivência. Kerolin, atacante da seleção brasileira, virou protagonista de “Dribble To Survive”, um game show noturno fictício onde ela enfrenta “adversários assustadores” como parte da campanha global “Scary Good” (Mete Medo).

O filme, que mistura terror com habilidade futebolística, ganha extensão no mundo real: a “Estação Mete Medo” abre no Parque Villa-Lobos (SP) entre sexta (18) e domingo (20), com experiência imersiva baseada em Kerolin, Angelina e Gio Garbelini.

Por que importa: Em momento que seleção feminina busca o nono título da Copa América no Equador, Nike tenta criar buzz local apostando em formato que já funcionou globalmente com Vini Jr., Mbappé e outros astros masculinos. É tentativa de dar às jogadoras brasileiras o mesmo tratamento cinematográfico premium.

Como funciona a experiência no Villa-Lobos:

Desafio Kerolin – “Monstra do Drible”

• Cenário de floresta misteriosa com olhos na escuridão
• Driblar obstáculos em circuito completo

Desafio Gio – “Força Imparável”

• Corrida por três cenários: ruas urbanas, várzea e estádios
• Teste de velocidade simulando corrida para o gol

Desafio Angelina – “Precisão Sobrenatural”

• Sala mal-assombrada com alvos coloridos
• 5 chances para acertar verdes/dourados, evitar vermelhos

“Cresci assistindo campanhas da Nike com meus ídolos e sonhando que um dia seria protagonista”, celebra Kerolin sobre o filme. A declaração resume o gap histórico: enquanto astros masculinos estrelam produções milionárias há décadas, jogadoras ainda celebram primeira aparição.

Detalhes práticos:

• Local: Villa-Lobos (entrada principal)
• Datas: 18, 19 e 20 de julho
• Horários: Sex 12h-17h | Sáb/Dom 10h-17h
• Inscrições: nike.com.br/sc/eventos ou no local
• Idade mínima: 13 anos
• Brinde Nike para quem completar os 3 desafios

A ativação inclui quadra para desafios 1v1 e exposição das novas camisas da seleção feminina. Criação é da Wieden+Kennedy São Paulo, mesma agência por trás dos filmes globais.

O contexto maior: “Scary Good” tem 9 filmes no total, misturando terror camp com futebol. Além de Kerolin, participam Vini Jr., Ronaldinho, R9, Mbappé, Haaland e outras estrelas. A versão brasileira aposta em timing com Copa América para gerar relevância local.

Aline Cupido, da Fisia (distribuidora Nike), justifica: “Quando meninas se veem jogando e sendo valorizadas, percebem que pertencem ao esporte”.

O teste real: Ver se experiência imersiva de 3 dias gera engajamento duradouro ou vira apenas ativação pontual. Nike claramente quer posicionar-se como “maior apoiadora das mulheres no esporte”.

Por ora, Kerolin driblando monstros imaginários é metáfora perfeita: jogadoras brasileiras ainda enfrentam adversários assustadores demais – só que no mundo real se chamam falta de patrocínio, salários baixos e pouca mídia.