Meta Ray-Ban Display: tudo que você precisa saber sobre os óculos de US$ 800 que falharam ao vivo
Display monocular, controle neural por gestos e demo desastrosa no Connect; vendas começam 30/9 apenas com agendamento presencial
Meta lançou Ray-Ban Display por US$ 800 com tela colorida em uma lente e pulseira neural que lê impulsos musculares. Óculos mostram mensagens, navegação, legendas ao vivo e viewfinder de câmera – tudo controlado por gestos sutis do pulso. Demo ao vivo foi desastre: assistente de cozinha travou, videochamada WhatsApp falhou, Zuckerberg culpou Wi-Fi. Porém, ao que tudo indica, o produto é bom.
Vendas começam 30/9 apenas em lojas físicas dos EUA com agendamento obrigatório. Produção limitada: 150-200 mil unidades em 2 anos.
Por que importa: Meta está apostando que pessoas aceitarão computador na cara se parecer óculos normais. É teste real de mercado para sucessor do Google Glass, 10 anos depois.
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O que funciona:
- Display 600×600 pixels, 5000 nits, quase invisível para outros
- Neural Band detecta gestos antes de serem visíveis
- Escrita no ar funciona surpreendentemente bem
- 6 horas de bateria, case dobrável com 4 cargas extras
- Navegação turn-by-turn com mapa rotativo
- Legendas ao vivo de conversas direcionadas
O que falhou no palco: Chef perguntou “what do I do first?” repetidamente enquanto IA insistia que ingredientes já estavam misturados. Videochamada Zuckerberg-Bosworth nunca apareceu no display. CTO admitiu depois: “Perdemos oportunidade.”
Limitações reais:
- Apenas apps Meta (WhatsApp, Instagram, mapas próprios)
- Sem app store no lançamento
- 69 gramas é pesado para não-usuários de óculos
- Design “chunky” – dá para notar que não são óculos normais
- Display só no olho direito, fixo no canto
Como comprar: Não é só chegar e comprar. Precisa agendar demo de 20 minutos em lojas autorizadas. Sistema já lotado – primeiros slots disponíveis são meados de outubro em grandes cidades. Meta quer evitar devoluções de produto caro e complexo.
Contexto técnico: 10 meses atrás, protótipo Orion custava US$ 10 mil só em materiais, precisava de computador separado, bateria durava 1 hora. Display atual é evolução impressionante mas ainda depende de smartphone conectado.
Comparação de mercado:
- Ray-Ban Meta originais: 3,5 milhões vendidos, sucesso surpresa
- Google Glass: fracasso por US$ 1500 e termo “glasshole”
- Apple Vision Pro: US$ 3500, categoria diferente
- Samsung/Google: esperados “nos próximos meses”
Andrew Bosworth explicou vendas limitadas: “Não queremos pessoas comprando só para experimentar e devolver. Queremos quem realmente quer usar.”
A real? Meta está correndo para lançar antes de Google/Samsung mesmo que produto não esteja 100%. Demo desastrosa foi constrangedora mas honesta – pelo menos não foi fake.
Nome mudou de “Ray-Ban Meta” para “Meta Ray-Ban” – sinal de que até Ray-Ban sabe que isso é mais tech que fashion. US$ 800 é caro mas provavelmente Meta está perdendo dinheiro em cada unidade. É investimento para criar categoria antes da concorrência chegar.
Privacidade continua elefante na sala. LED indica gravação mas pessoas não querem ser filmadas por óculos, ponto. Maior ironia: Zuckerberg disse que pessoas sem óculos IA terão “desvantagem cognitiva significativa”. Depois não conseguiu fazer demo funcionar. Desvantagem de quem?
Vendas começam 30/9 nos EUA. Expansão para Canadá, França, Itália e Reino Unido em 2026.
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