Johnnie Walker atualiza “Keep Walking” para focar em expressão individual após 25 anos falando de progresso coletivo

Depois de duas décadas celebrando jornadas coletivas, reconexão pós-pandemia e comunidades que rompem barreiras, Johnnie Walker muda de rota. O novo capítulo de Keep Walking troca o discurso sobre “o mundo que avança” por histórias de gente que só quer seguir no seu próprio ritmo. O filme reúne pequenas cenas de dança, skate, corrida e tentativas meio tortas que viram progresso — o tipo de avanço que não aparece em currículo, mas move a vida real.

Por que importa: a Diageo mergulhou em 97 milhões de conversas com a palavra “keep” e chegou a uma conclusão simples: a geração Z não mede sucesso por casa própria, casamento ou cargo. Mede por microconquistas, identidade, expressão e autonomia. A marca tenta atualizar seu maior ativo cultural para acompanhar essa mudança, antes que Keep Walking vire slogan de outra época.

Criado por Child em parceria com Melina Matsoukas, o filme usa estética de videoclipe e linguagem emocional para se aproximar de quem bebe menos, mas espera mais das marcas. É um Johnnie Walker menos inspiracional e mais pragmática: siga andando, mesmo que o caminho não seja linear.

A real: toda marca premium hoje tenta falar com uma geração que rejeita narrativas tradicionais de sucesso. Johnnie Walker, ao menos, faz isso com sensibilidade estética e pesquisa. A dúvida é se a mensagem cola num público que já não tem tanta paciência para publicidade motivacional. Ainda assim, é a evolução natural de um slogan que precisa continuar andando para não ficar parado no tempo.