OpenAI lança GPT Image 1.5 de olho em quem usa IA para trabalhar

A OpenAI lançou o GPT Image 1.5, nova versão de seu gerador de imagens. O modelo promete ser até quatro vezes mais rápido, seguir instruções com mais precisão e manter elementos como iluminação, composição e aparência de pessoas consistentes entre edições. Está disponível para todos os usuários do ChatGPT e na API.

Por que importa: A OpenAI está sob pressão de investidores para dar lucro. O posicionamento do GPT Image 1.5 mira diretamente o mercado corporativo: catálogos de e-commerce, materiais de marketing, criação de logos. A empresa quer transformar o ChatGPT em ferramenta de produção, não só de experimentação.

O que muda

  • Edições preservam detalhes do original (rosto, luz, composição)
  • Texto renderizado com mais densidade e em tamanhos menores
  • Nova aba “Images” no ChatGPT com filtros prontos e prompts em alta
  • Upload único de rosto para reutilizar em criações futuras
  • Geração de múltiplas imagens simultâneas

Os números

  • Velocidade: até 4x mais rápido que versão anterior
  • Preço API: 20% mais barato que GPT Image 1
  • Disponibilidade: todos os usuários ChatGPT + API

A competição entre laboratórios de IA em geração de imagens esquentou após o sucesso viral do Nano Banana do Google. A OpenAI tenta recuperar terreno com foco em utilidade prática. Fidji Simo, CEO de Aplicações da empresa, descreveu o novo modelo como “um estúdio criativo” em post no Substack.

A própria OpenAI admite que o modelo ainda falha. Testes internos mostram problemas com múltiplos rostos, consistência de estilos e textos em outros idiomas. A empresa diz que houve “progresso significativo”, mas reconhece “espaço considerável para melhoria”.

A real: O GPT Image 1.5 se trata menos de criar imagens impressionantes e mais em criar imagens úteis. A OpenAI quer que equipes de marketing gerem variações de produto sem abrir o Photoshop. Quer que e-commerces montem catálogos inteiros a partir de uma foto. O recado é claro: geração de imagem por IA deixou de ser brinquedo. Agora é ferramenta de trabalho — e a OpenAI quer cobrar por isso.

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Publicador por
Carlos Merigo

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