Os 10 melhores álbuns internacionais de 2019 • B9

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Os 10 melhores álbuns internacionais de 2019

Em ano de muitos bons lançamentos, há sempre os mais notáveis

por Soraia Alves

2019 foi um ano que nos contemplou com vários bons lançamentos musicais, especialmente dentro do nicho do Pop. Da genialidade nas produções de Mark Ronson em “Late Night Feelings” ao surpreendente “Madame X”, de Madonna, o Pop teve bons e poderosos representantes ao longo do ano. Não à toa, é uma música do gênero que foi a mais ouvida no Spotify no período“Señorita”, de Camila Cabello e Shawn Mendes, que por sinal também é o clipe musical mais visto do ano no YouTube.

O ano também é destaque das artistas mulheres. Enquanto Billie Eilish, de apenas 17 anos, é considerada quase que de forma unânime pelos veículos especializados a cantora revelação do ano, Lizzo foi consagrada a artista de 2019 pela revista Time, num tardio reconhecimento do talento da cantora que já está em seu terceiro disco.

No geral, 2019 teve poucas decepções em relação a álbuns aguardados para o ano. Mas, com certeza, Kanye West foi quem mais dividiu opiniões com seu “Jesus is King”, que saiu muito mais messiânico que o esperado pelo público.

Mas mesmo em um ano de lançamentos agradáveis e, em alguns casos, surpreendentes, há sempre aqueles que se destacam. Assim, confira o Top 10 do B9 dos melhores álbuns internacionais de 2019:


10º. Billie Eilish – “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”

Grande parte da mídia considera Billie Eilish a grande revelação musical de 2019. Esses títulos são sempre questionáveis, mas o que não dá pra negar é que o primeiro álbum dessa adolescente é realmente bom. Além do hit “Bad Guy”, o disco traz faixas muito intrigantes como “You Should See Me in a Crown” e “Wish You Were Gay”. Por vezes, Billie soa como uma “versão geração Z” de cantoras como Cat Power e Feist, o que além de ser um elogio tremendo é revigorante num mercado musical cheio de mesmices.


9º. Thom Yorke – “Anima”

Das viagens sonoras sempre propostas por Thom Yorke, “Anima” é das menos típicas e por isso mesmo o álbum não é dos mais fáceis. E isso é ótimo! São muitos experimentos, composições minimalistas, infinitas camadas eletrônicas… O mais interessante, porém, é que no contexto geral, ouvir “Anima” causa uma sensação quase que de paranoia, que é exatamente a intenção do vocalista da Radiohead que compôs o trabalho depois de uma período de bloquei criativo e crises de ansiedade. Mergulhar em faixas como “Dawn Chorus” pode ser um tanto agoniante, mas ao mesmo tempo libertador. São paradoxos como esse que só os gênios conseguem criar.


8º. Anderson .Paak – “Ventura”

Nos últimos anos Anderson .Paak têm lançado quase que um álbum por ano, portanto não é de se surpreender que os trabalhos estejam cada vez mais refinados. É verdade que, ao entregar um disco menos ousado que o anterior, “Oxnard”, Paak joga com segurança e conforto, abraçando o groove que já lhe é característico, mas “Ventura” não deixa de ser mais uma obra primorosa de sua carreira e – principalmente – um trabalho com a sua real assinatura. Vale mencionar ainda as ótimas colaborações do disco, como em “Come Home”, faixa de abertura que tem a participação de André 3000.


7º. Bon Iver – “i.i”

Se há uma coisa que Justin Vernon – também conhecido como Bon Iver – não traz em seus trabalhos é a obviedade. Nada é tão simples como parece e, por isso, já em uma primeira audição você percebe que “i,i” tem muita diferença dos trabalhos anteriores do cantor, inclusive porque, de alguma forma, ele consegue sempre criar novas e novas trilhas e distorções. Se “Marion” evoca um pouco mais do que já conhecemos do artista, “Jelmore” e “Hey, Ma” funcionam como boas sínteses do que é “i,i”: uma grande experimentação precisa e inovadora.


6º. Brittany Howard – “Jaime”

Em seu primeiro trabalho solo, Brittany Howard traz muito do Blues que já a vemos fazer na Alabama Shakes. Mas com “Jaime”, a cantora também explorou outras influências que, até então, ela não havia apresentado ao público, além de ser muito transparente sobre questões extremamente pessoais, como a morte de sua irmã ainda adolescente vítima de câncer, sua sexualidade, o racismo já sofrido e como ela lida com fé e religião. O resultado é belo e emocionante, ao mesmo tempo em que faz uma homenagem à cultura negra dos Estados Unidos – com “He Loves Me” e “13th Century Metal”, por exemplo, mesmo sem referências óbvias a cantora faz mais pelo gospel norte-americano que Kanye West em todo o seu “Jesus is King”.


5º. Ariana Grande – “Thank U, Next”

Ariana Grande tem uma vantagem natural sobre muitas artistas pop da atualidade: talento. Somado a isso, a cantora tem feito escolhas bem interessantes na forma como conduz sua carreira, com hits instantâneos como “Thank U, Next” e “7 Rings”, além de canções que soam quase que clássicas pela simplicidade e sofisticação, como “Imagine” e “Needy” – todas faixas deste trabalho de 2019. Apesar da despretensão que a música Pop tem, Ariana conseguiu tratar com sensatez de questões como saúde mental, a responsabilidade no trato com os outros e bancar a si mesma (inclusive em seus erros) de uma forma que muito millennial ainda não aprendeu.


4º. Solange – “When I Get Home”

O álbum de Solange é um prazer aos ouvidos que apreciam as variações e sobreposições de camadas que resultam em trilhas mescladas de R&B, Soul, Hip Hop e Jazz – ouça “Way to the Show” e você vai entender exatamente o que isso significa. É tudo tão bem colocado e produzido que chega a surpreender, especialmente pela dosada combinação entre “clássico e moderno”. Muito inspirada por Stevie Wonder, a cantora celebra suas raízes, os talentos familiares e a cultura negra, em particular da comunidade negra do Texas.

Mas apesar das influências, Solange não deixa que sua identidade se perca – nem mesmo quando se mostra mais vulnerável, como é o caso de “Time”. Esse é mesmo um álbum para ser ouvido infinitas vezes.


3º. Lana Del Rey – “Norman Fucking Rockwell”

Faz muito sentido uma lista de melhores álbuns do ano que fecha a década de 10 conter Lana Del Rey, que é das personagens que melhor exemplificam o período marcado pelo poder do hype e suas consequências. Lana tem conseguido sustentar sua criação “gótica suave” desde “Born To Die”, provando principalmente que seu Pop peculiar não ficou restrito ao hit “Blue Jeans”.

Em “Norman Fucking Rockwell”, todos os elementos característicos da cantora estão lá: a sofrência por figuras masculinas que não valem nada, as emoções obscuras e autodestrutivas, o vocal sussurrado, as batidas melancólicas e pontuais, a cadência sexy… É como se nada tivesse mudado para Lana nos últimos anos – e tudo bem.


2º. Lizzo – “Cuz I Love You”

No terceiro disco de sua carreira, Lizzo abriu o leque das inspirações Soul, R&B e Hip Hop, mas abraçou também – e de forma inteligente – diversas referências bem atuais da música Pop, como Bruno Mars e Rihanna, sem abrir mão de ícones como Prince (que era fã confesso da cantora, inclusive a convidando para participar de seu álbum “Plectrumelectrum” em 2014). Por isso o resultado de “Cuz I Love You” pode não ser exatamente inovador, mas é justamente o grande trunfo do trabalho pois mostra ser possível criar músicas peculiares mesmo que utilizando como base tudo aquilo que já está por aí.

São diversos os destaques do disco, como a bela “Jerome”, a parceria com Missy Elliot, “Tempo”, ou a poderosa faixa que dá nome ao disco. Lizzo também tem um papel crucial dentro de uma indústria nada amigável com as mulheres, levantando, na maioria de suas canções a bandeira da aceitação do corpo, do amor próprio e da luta contra os padrões de beleza, assumindo a montanha-russa de emoções que tudo isso pode significar individualmente – e bem exemplificado no refrão de “Crybaby”: “I don’t need to apologize, us, big girls got to cry” (“Eu não preciso me desculpar por nós, porque grandes garotas podem chorar”).


1º. Tyler, the Creator – “Igor”

Em mais um trabalho impecável, Tyler, the Creator explora as diferentes emoções de um relacionamento que chegou ao fim, assim como experimenta também novas linhas para um Rap que soa, na maior parte do álbum, muito mais melódico do que já o vimos fazer. Da primeira à última canção –“Igor’s Theme” a “Are We Still Friends?” – acompanhamos a saga de alguém que ama, perde, não esquece, corre atrás, não ama mais (ou não), enquanto Tyler parece se jogar em vocais despretensiosos e sinceros que, por vezes, chegam até mesmo a soar mais Pop que Hip Hop.

A lista de participações especiais no trabalho contemplam “coadjuvantes” como Solange, La Roux e Kanye West. Coadjuvantes porque o destaque da obra é mesmo a harmonia delicada e precisa, que em diversos momentos consegue falar mais que as próprias letras, caso de “Runnig Out the Time” e a balada conformista “Are We Still Friends?”.

Talvez, Igor seja o disco mais sincero e, exatamente por isso, o mais belo de Tyler, the Creator até agora. Difícil mensurar a carreira toda de um artista e cravar isso com convicção. Mas, esse é, certamente, um dos álbuns mais verdadeiros de 2019. E nada como apreciar verdades em um ano tão cheio de fakes.


Menção honrosa: Beyoncé – “Homecoming”

Todas as músicas que estão em “Homecoming” são nossas velhas conhecidas. Por isso, apesar dos novos arranjos que as canções ganharam na versão ao vivo gravada durante a apresentação de Beyoncé no Coachella 2019, o álbum não entrou oficialmente em nosso Top 10. Mas o trabalho é de um primor como só Mrs. Carter é capaz de fazer, desde a escolha para a sequência das músicas apresentadas até cada nova roupagem das canções. Ouvir “Homecoming” é passear pelo melhor do que Beyoncé já produziu. E isso é muita coisa!

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