Andre Popoutchi
A Galeria.holding, da qual faz parte a agência GALERIA.ag, apresentou ao mercado sua mais nova aposta: a GAIA, empresa especializada em soluções de dados e inteligência artificial para publicidade. Liderada por Andre Popoutchi, ex-CEO da Dr. JONES (vendida ao Boticário em 2022), a operação chega ao mercado com uma promessa ambiciosa: transformar campanhas em “sistemas vivos” que se adaptam em tempo real.
O carro-chefe é a plataforma CR.IA, que – segundo comunicado – já demonstrou músculo ao produzir mais de 3 mil peças personalizadas em 48 horas para campanhas de Black Friday do McDonald’s e Feirão do iCarros/Itaú. A ferramenta usa IA para gerar variações criativas baseadas em comportamento de consumo, localização e estágio do funil de vendas.
Por que importa: Num mercado onde agências ainda lutam para escalar personalização, a GAIA surge oferecendo automação massiva de criação. É a promessa do “precision marketing” saindo do PowerPoint para a prática – com todos os benefícios e questionamentos que isso traz para o futuro dos criativos.
O portfólio inicial da GAIA:
CR.IA – A estrela da casa
BrandSync – O vigia de franquias
GAIA BOT – O robô interativo
“Quando liderava uma marca de consumo, era evidente a dificuldade em lidar com dados e tomar decisões rápidas”, explica Popoutchi sobre sua motivação. A experiência na Dr. JONES claramente influenciou a criação de ferramentas que prometem resolver justamente essa dor.
O conceito por trás: Guido Sarti, líder de produtos, critica o status quo: “Em muitas empresas, dados viraram sinônimo de análise – mas análise sem ativação tem pouco valor”. A GAIA propõe pular direto para a ação automatizada.
Com time inicial de 10 pessoas, a empresa promete lançar novas soluções até o fim de 2025. Eduardo Simon, chairman da Galeria.holding, posiciona a GAIA como ponte entre “craft e engenharia de dados” – tradução: manter alguma criatividade enquanto automatiza tudo que for possível.
A questão não respondida: Se uma IA pode criar 3 mil peças em 48 horas, qual o papel dos departamentos criativos daqui pra frente? A GAIA pode representar eficiência inegável, mas também levanta questões sobre o futuro do trabalho criativo que a indústria ainda está longe de responder.
Por enquanto, a promessa é clara: transformar campanhas em “sistemas vivos” que se adaptam sozinhos. Se isso é evolução ou apocalipse criativo, só o tempo (e os resultados) dirão.
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