EA vendida por US$ 55 bi para Arábia Saudita e genro de Trump em maior buyout da história
Criadora do EA FC e The Sims deixa bolsa em acordo que supera compra da Activision pela Microsoft em valor total
A Electronic Arts anunciou sua venda por US$ 55 bilhões para consórcio liderado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), Silver Lake e Affinity Partners — empresa do genro de Donald Trump, Jared Kushner. É o maior buyout alavancado da história, superando qualquer transação anterior para privatizar empresa de capital aberto.
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Por que importa: A gigante dos games por trás de franquias como EA FC (ex-FIFA), The Sims, Battlefield e Apex Legends sai da bolsa num momento de estagnação financeira — receitas paradas em US$ 7,4 bilhões desde 2022. O acordo consolida o domínio saudita no gaming global, agora controlando desde Pokémon Go até o principal jogo de futebol do mundo.
“Cresci jogando os games deles e agora jogo com meus filhos” — Jared Kushner sobre investir US$ 55 bi em videogame
O PIF saudita, que já detinha 10% da EA, agora controla portfólio impressionante: Take-Two (6,2%), Nintendo (4,2%), Scopely (US$ 4,9 bi), Niantic/Pokémon Go (US$ 3,5 bi).
Andrew Wilson permanece como CEO, e a empresa continua sediada na Califórnia. Dos US$ 55 bilhões, US$ 36 bi vêm em dinheiro dos compradores, US$ 20 bi são dívida financiada pelo JPMorgan. Para a BBC, Christopher Dring, especialista do setor, alerta: “Essa dívida de US$ 20 bi precisará ser paga. A receita de EA FC, Madden e Battlefield será usada para servir a dívida, impactando investimento em novos jogos.”
Marc Maron, do podcast WTF, resumiu o sentimento: “Dos caras que trouxeram o 11 de setembro… O mesmo cara que pagou para serrar Khashoggi e colocar numa mala. Mas não deixe isso atrapalhar a diversão!”
O acordo precisa de aprovação regulatória e dos acionistas, com fechamento previsto para primeiro trimestre fiscal de 2027. Será teste para reguladores que barraram parcialmente a compra da Activision pela Microsoft.
A real: EA sendo vendida por US$ 55 bilhões é menos sobre games e mais sobre geopolítica do entretenimento. Arábia Saudita não está comprando jogos — está comprando influência cultural sobre 700 milhões de jogadores globais. Com Kushner no meio, adiciona camada trumpista ao negócio. Analistas dizem que venderam barato, mas diretoria da EA provavelmente viu escrita na parede: receitas estagnadas, ações defasadas, pressão de acionistas. Melhor vender para príncipe saudita com cheque infinito que virar próxima Ubisoft sendo devorada aos pedaços.

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