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A Disney+ quer 260 milhões de usuários até 2024 – e para isso vai fazer série de todos os seus filmes favoritos

Do Star+ à avalanche de novidades de "Star Wars" e Marvel Studios, absolutamente tudo o que você precisa saber sobre o futuro da Disney no streaming

por Pedro Strazza

[Errata: o título da matéria dizia anteriormente que o Disney+ queria 360 milhões de usuários, quando na verdade o número era 260 milhões – os 360 milhões são voltados à estratégia geral do streaming da companhia. A publicação foi atualizada para refletir a correção]

A Disney realizou na noite desta quinta-feira (11) o Investor’s Day, uma apresentação criada para mostrar aos acionistas os planos da companhia para o futuro, e sem surpresa alguma a grande atração do evento virtual foi o Disney+. Com a pandemia continuando a manter o circuito de cinemas fechados e a operação dos parques temáticos extremamente limitada – além de forçar a demissão de mais de 32 mil funcionários do setor – era apenas inevitável que a empresa redirecionasse suas atenções ao streaming, única divisão que se manteve bem sucedida nestes últimos meses.

A aposta também nem é tão inesperada dado o grau de sucesso das plataformas do estúdio até o momento. Enquanto concorrentes como o Peacock e o HBO Max seguem tímidos no mercado estadunidense, o Disney+ chegou a dezembro de 2020 com uma base de 86,8 milhões de assinantes em 46 países espalhados por quase todos os continentes, acompanhado pelos números expressivos do Hulu (38,8 milhões de usuários) e ESPN+ (11,5 milhões) nos EUA.

Assim, não chega a ser uma surpresa que as metas da companhia com as plataformas tenham aumentado. Se em 2019 a Disney projetava chegar à 2024 com 90 milhões de usuários na Plus, agora o objetivo da empresa é alcançar a altura dos 230 e 260 milhões de assinantes nos próximos quatro anos – somando com outros serviços, a marca sobe para 300 a 350 milhões.

2024 também é tratado como o ano em que o Disney+ quer se tornar lucrativo para a dona. O estúdio espera gastar 16 bilhões de dólares só em conteúdo nos próximos meses, além de já tratar 2021 como o pico de suas perdas financeiras com a plataforma.

Quem esperava ontem um plano de negócios tão drástico quanto o da WarnerMedia que deslocou todo o calendário de lançamentos do cinema para o Max – ficou a ver navios, porém. O que a Disney revelou para os próximos três anos neste Investor’s Day foi a triplicação da aposta com a Plus que nutre desde seu anúncio em 2019. Os números de produções confirmadas para cada divisão refletem esse agigantamento: serão 10 séries de “Star Wars”, 10 do Marvel Studios e 15 filmes e séries para a Pixar e a Walt Disney Studios nos próximos anos, mas os lançamentos nos cinemas seguem intocados até segunda ordem. Não à toa, o único projeto descrito como “filme evento” da companhia que teve anunciado uma exibição simultânea nas telonas e telinhas – no mesmo formato de “Mulan” – foi a animação “Raya e o Último Dragão”, cuja estreia ficou para 24 de março; de resto, até mesmo as dúvidas “Viúva-Negra” e “Cruella” permanecem inicialmente exclusivos dos cinemas.

Reforço internacional

Com tanta notícia sobre conteúdo, o principal produto novo da noite foi mesmo o Star. Depois de semanas de especulação, a Disney confirmou o lançamento do novo serviço internacional e complementar da experiência Plus, cujo foco será mesmo o de se portar como uma espécie de Hulu fora dos EUA, abarcando todo o conteúdo do estúdio que não cabe à plataforma maior – incluindo aí títulos adultos e com restrição etária de 18 anos. O próprio Hulu teve essa estratégia reforçada no território estadunidense, agora tornando-se casa de todas as produções das antigas divisões da Fox, incluindo a Searchlight Pictures e o 20th Century Studios.

O curioso é como este lançamento se dará. Enquanto na Europa, na Ásia e no Canadá o Star chega como um sexto canal opcional dentro da Plus a partir de 23 de fevereiro, ao lado dos iniciais voltados à Disney, Pixar, Marvel, Lucasfilm e National Geographic, na América Latina ele será disponibilizado a partir de junho de 2021 como um serviço próprio, batizado de Star+ e com o exato mesmo conteúdo.

Enquanto a Disney promete na região um pacote “atraente” com os dois streamings, a justificativa para a separação por aqui é a inclusão dos esportes, mas neste sentido é tudo muito vago. A programação esportiva será parte da Star+ na América Latina e deve contar com todas as transmissões firmadas para a ESPN+, mas é difícil entender porque esta inclusão foi suficiente para criar um novo serviço – até porque agora a companhia tem a difícil missão de vender mais uma plataforma numa região que se vê apinhada de concorrência de todos os lados.

Os custos com a Star também vão acarretar num aumento de preços geral do Disney+, mas até o momento só foram confirmados reajustes leves nos EUA (para US$ 7,99, um dólar mais caro) e Europa (€ 8,99, dois euros mais caro).

Dobrar a meta

Mas como o Twitter e as redes sociais deixaram bastante claro nas últimas horas, a grande atração do Investor’s Day para o público foi a verdadeira avalanche de anúncios relacionados a conteúdo. Das quatro horas de evento, pouco mais de três foram dedicadas aos preparativos dos estúdios da companhia, incluindo novos títulos e novidades relacionadas a equipes criativas, com direito a uma introdução do ex-CEO da Disney Bob Iger – que pelo visto segue o nome forte na curadoria e escolha dos projetos.

Houve novidades de todo mundo, incluindo a FX que confirmou uma série de “Alien” com produção de Ridley Scott e um “Game of Thrones” do xogunato com “Shogun”, porém o núcleo da coisa estava no Disney+ e toda a estratégia de produção voltada à plataforma. A começar pela área da Lucasfilm, que a passos rápidos confirmou nada menos que nove séries inéditas de “Star Wars” e um programa derivado de “Willow” (produzido por Jon M. Chu e estrelado por Warwick Davis) para se juntar a “The Mandalorian” no catálogo.

Os projetos anunciados pela presidente do estúdio Kathleen Kennedy incluem “The Rangers of the New Republic” e “Ahsoka Tano”, produções interligadas derivadas do sucesso do mandaloriano e comandadas por Jon Favreau e Dave Filoni; “Andor”, o prelúdio de “Rogue One” estrelado por Diego Luna e produzido por Tony Gilroy, o qual confirmou a presença de atores como Fiona Shaw e Stellan Skarsgard; “Obi-Wan Kenobi”, o derivado do personagem estrelado por Ewan McGregor e Hayden Christensen, dirigido por Deborah Chow e situado 10 anos depois de “A Vingança dos Sith”; “The Bad Batch”, animação que será a “continuação” de “The Clone Wars”; “Star Wars Visions”, uma antologia de animações japonesas curtas no universo da saga (e aos moldes de “Animatrix”); “Lando”, um spin-off focado em Lando Calrissian e criado por Justin Simien (diretor de “Cara Gente Branca”), “Acolyte”, um suspense de mistério comandado por Leslye Heydland (responsável por “Boneca Russa”); e “The Droid Story”, uma série focada em histórias curtas protagonizadas por droides diferentes.

Além da Plus, Kennedy também anunciou que o próximo “Star Wars” nos cinemas será um “Rogue Squadron” dirigido por Patty Jenkins, além de reafirmar o filme de Taika Waititi no calendário do estúdio. Um título inédito (“Children of Blood and Bone”) e o quinto “Indiana Jones” com Harrison Ford e direção de James Mangold também foram divulgados no evento.

Investimentos iniciais

Entre a Lucasfilm e o Marvel Studios (suas marcas mais poderosas em termos de entusiasmo juvenil), a Disney dedicou bastante tempo da apresentação aos outros canais da Plus, que também ganharam verba maior para a produção de mais conteúdos originais. O National Geographic que o diga, começando por duas minisséries produzidas por Darren Aronofsky – uma estrelada por Chris Hemsworth, sobre envelhecer e batizada “Limitless”, outra protagonizada por Will Smith, com título “Welcome to Earth” e dedicada a visitar cenários extremos.

O canal “educativo” do streaming também confirmou uma nova temporada de “Genius” focada em Martin Luther King, Jr e o documentário “Cousteau”, sobre a vida e obra do explorador Jacques Cousteau, como maiores atrações. Séries sobre baleias (“Secrets of the Whales”) e insetos (“A Real Bug’s Life”) também deve estrear ao longo do próximo ano no serviço.

Quem anda produzindo bastante para a Plus é o Walt Disney Studios. Enquanto a divisão manteve firme o compromisso de lançar nos cinemas “Jungle Cruise”, “O Rei Leão 2”, “A Pequena Sereia”, “Pinóquio”, “Peter Pan & Wendy”, “Cruella” e agora “Mudança de Hábito 3” (com o retorno de Whoppi Goldberg e produção de Tyler Perry) e “Tico e Teco” (com John Mulaney e Andy Samberg), os planos para o streaming se multiplicaram, a começar pela confirmação de “Encantada 2” com Amy Adams para o serviço principal da companhia.

Há ainda previsto para os próximos dois o lançamento de uma sequência de “Abracadabra” e um remake de “Três Solteirões e um Bebê”, este último com Zac Efron; uma série derivada do remake de “A Bela e a Fera”, com Josh Gad e Luke Evans confirmados; cinebiografias sobre os jogadores da NBA Chris Paul e Giannis Antetokounmpo; a animação original “Flora & Ulysses” e derivadas “Diário de um Banana”, “Uma Noite no Museu” e de “A Era do Gelo” (“Ice Age: The Adventures of Buck Wild”); um remake de “Doze é Demais” produzido por Kenya Barris (criador de “Blackish”); e séries sobre “The Mighty Ducks”, “Swiss Family Robinson”, “Percy Jackson” e “Uma Dupla Quase Perfeita”, junto das originais “Big Shot” (comandada por David E. Kelley) e “The Mysterious Benedict Society”.

Já os estúdios de animação ampliaram esforços para a produção de séries originais e derivadas de seus maiores sucessos para a Plus. Com “Raya” no streaming e um trailer divulgado para “Encanto”, seu 60° longa e ambientado na Colômbia, a Disney Animation confirmou seriados originais da Plus derivados de “Operação Big Hero” (“Baymax!”), “Zootopia” (“Zootopia+”) e “A Princesa e o Sapo” (“Tiana”), além de uma original e futurista batizada de “Iwájú”, cuja criação é do grupo nigeriano Kugali.

A Pixar segue num caminho parecido no streaming. Junto da continuidade do Pixar Sparkshorts (que vai lançar um novo curta, “Burrow”, junto da estreia de “Soul” no próximo dia 25 de dezembro) e do “Inside Pixar”, o estúdio confirmou o “Pixar Popcorn”, uma seção dedicada a novos curtas derivados dos longa-metragens já lançados, e as séries baseadas em “Up – Altas Aventuras” (“Dug Days”, para 2021) e “Carros” (focada em Relâmpago McQueen e Mate, para 2022). Um programa original com episódios de uma hora, batizado de “Win or Lose”, também será produzido pela Pixar para 2023.

O estúdio também confirmou os 3 próximos projetos para os cinemas. Enquanto o já anunciado “Luca” chega às telonas em 2021, a Pixar prepara para 2022 “Turning Red”, estreia em longas de Domee Shi (diretora de “Bao”), e “Lightyear”, filme sobre o Buzz Lightyear do qual o personagem de “Toy Story” é baseado – com Chris Evans no papel principal.

https://twitter.com/Pixar/status/1337195228797661184

Marvelmania

Quem fechou a seção de conteúdo (e o evento), porém, foi o Marvel Studios, e Kevin Feige aproveitou a ocasião para reativar a máquina de publicidade do estúdio com tudo após passar um ano sem lançar novos projetos – o primeiro desde 2008. Foi de longe a apresentação com maior quantidade de conteúdo e informação divulgados nas redes sociais, a começar pelo trailer de “WandaVision”.

Previsto para começar no dia 15 de janeiro, a série começa os trabalhos do que deve ser um ano de conteúdos ininterruptos do estúdio no Disney+. Com o fim de “WandaVision” no começo de março, por exemplo, já no dia 19 de março há a estreia da minissérie “Falcão e o Soldado Invernal” – que também ganhou trailer.

Enquanto não se sabe se “Viúva-Negra” consegue fazer sua estreia em 8 de maio de 2021 por conta da pandemia, a Marvel já tem garantido para o mês “Loki”, minissérie estrelada por Tom Hiddleston, Owen Wilson e Richard E. Grant:

Já no verão do hemisfério norte, o estúdio lança “What If…?”, a antologia de animação focada em cenários possíveis do seu universo de heróis:

No segundo semestre de 2021, por enquanto está confirmada a estreia de “Ms. Marvel”, que o estúdio já confirmou ter ligação com a continuação de “Capitã Marvel” – que em tese estreia no dia 11 de novembro de 2022 com direção de Nia DaCosta.

Falando nos filmes, também foram confirmadas a manutenção das datas de “Shang-Chi” (9 de julho de 2021), “Eternos” (22 de novembro de 2021), “Doutor Estranho 2” (25 de março de 2022), “Thor 4” (6 de maio de 2022, com Christian Bale no elenco) e “Pantera Negra 2” (8 de julho de 2022), dois novos projetos também foram anunciados: o terceiro “Homem-Formiga e a Vespa”, com adição de Kathryn Newton e Jonathan Majors no elenco, e a nova versão de “Quarteto Fantástico”. O filme de “Blade” com Mahershala Ali também segue em desenvolvimento.

Por fim, há uma série de novidades para séries do estúdio na Plus. Isso inclui elencos para “Mulher Hulk” (que confirmou Tatiana Maslany no papel principal, além de participações de Mark Ruffalo e Tim Roth) e “Gavião Arqueiro” (Hailee Steinfeld, Alaqua Fox e Vera Farmiga participarão da minissérie), a reafirmação de “Cavaleiro da Lua” e as novas “Invasão Secreta” (com Samuel L. Jackson e Ben Mendelsohn), “Armor Wars” (com Don Cheadle), “I Am Groot”, “Coração de Ferro” e um especial de Natal de “Guardiões da Galáxia”. Todos esses projetos seguem sem data, porém, com estreia rolando em algum momento dos próximos 3 anos no streaming.

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