Retrospectiva 9 anos: Aquilo que eu chamo de trabalho • B9

Retrospectiva 9 anos: Aquilo que eu chamo de trabalho

por Carlos Merigo
Capa - Retrospectiva 9 anos: Aquilo que eu chamo de trabalho

Um segredo: O aniversário do Brainstorm9 não é hoje. Hoje é a festa (apareça lá!), com bons drink e boas banda.

O B9 entrou no ar exatamente no dia 18 de novembro de 2002, depois de uma tarde fazendo bobagem na tentativa-e-erro com o Dreamweaver. A única intenção era ter um espaço para falar o que eu tivesse vontade, unindo aprendizados e experiências da minha carreira recém-iniciada com as ferramentas de blog que surgiram na época.

Eu cheguei a ter outros sites antes – um de notícias, outro de música, outro de humor (nem queira saber) – todos feitos com o HTML do Word (?!) ou com o Frontpage. Nesse meio tempo eu já colaborava com textos para portais de games e música, dividindo o trabalho com a paixão por publicar.

E assim, quando eu despretensiosamente resolvi começar um blog em 2002, sequer poderia imaginar como a minha vida iria mudar por completo nos próximos 9 anos anos. Uma mudança não só profissional, mas também pelas pessoas que conheci e hoje fazem parte do meu dia a dia.

Sim, isso com um blog. Aquele que é “como um diário de adolescente, só que na internet” (by Globo). Aliás, até hoje isso ainda existe. Você fala que é blogueiro e logo te corrigem:

“Fala que tem um portal, que é editor. Isso dá mais credibilidade.”

Bobagem. O nome é blog mesmo, e não existe o menor problema nisso. Pode chamar de site também, se assim preferir resumir uma “página na internet organizada por ordem cronológica decrescente”.

Qualquer um desses rótulos é o meu trabalho hoje. É óbvio que cresce, que vira empresa, se transforma em veículo, se cria uma estrutura, se divide editorial e comercial, se presta serviços e se aprende na marra um monte de coisas com aquilo que um dia chamamos de “velha mídia”, essa senhora surrada que continua nos ensinando que fazer diferença vai além dos botões de RT e Like.

Porém, a essência continua lá, ou melhor, aqui, e tudo isso em permanente evolução. É essa capacidade dinâmica de adaptação e linguagem, aliás, que grande parte da senhora que eu citei no parágrafo acima aprendeu com o outro lado ao longo da última década, esses tais “blogs de moleques”.

E essa evolução do B9 reflete diretamente também a minha visão de profissão. Quando criei o blog não existia um foco definido. A proposta era simplesmente falar do que tivesse vontade. Isso mudou rapidamente, e então eu tinha em mãos um dos primeiros blogs sobre comunicação do Brasil, com alguns poucos leitores fiéis que cobravam conteúdo novo todos os dias.

Com o tempo, a audiência do B9 se acostumou a ver campanhas publicitárias de tudo quanto é jeito por aqui. Impressos, comerciais de TV, sites, virais, guerrilha e qualquer outra sacadinha que tivesse alguma marca envolvida. Nesses anos iniciais, minhas referências estavam muito limitadas a isso. Eu vivia e consumia um mundo feito integralmente por publicitários e agências. E isso foi bom por um tempo.

Ainda recém-chegado na área, eu acreditava que se soubesse o que as principais marcas e agências do mundo estivessem fazendo de melhor, estaria completamente informado para realizar o meu próprio trabalho e subir na carreira.

Como um aspirante a publicitário aprende desde cedo, o mundo lá fora é a inspiração, e eu sempre fui um consumidor voraz de cinema, música, games, TV e artes. Acontece que precisava passar do ponto de ver tudo com os olhos de entretenimento e definitivamente me perguntar: “Como é, afinal, que tudo isso é feito?”.

Eu nunca me esqueço de uma palestra que vi em 2004, do Diretor Executivo da BBH na época, John O’ Keefe. Durante pouco mais de uma hora, ele falou da ligação da publicidade com entretenimento, e como nós estaríamos sempre correndo atrás do próprio rabo para tentar alcançar Hollywood. E olha que naquela época nem se falava tanto de Silicon Valley, era só trauma pós-bolha.

Segundo O’Keefe, um anúncio precisa ser envolvente e ser tão divertido quanto tudo o que vemos na vida. A sua campanha vai competir com o Harry Potter que está passando no cinema e, veja bem, ele é um moleque bruxo que voa em vassouras, atravessa paredes e conversa com cobras. O seu comercial vai competir com (e interromper) o programa de TV preferido de alguém, talvez uma final de campeonato ou um reality show que confina pessoas em uma casa.

Se aquilo que você criou no seu cubículo não for tão interessante quanto aquilo que as pessoas escolhem espontaneamente para ver, adeus atenção.

Nesses tempos de redes sociais, em que comprar a atenção das pessoas já não funciona tanto e custa caro, a busca pelo entretenimento se tornou vital, mas como fazer se ainda continuamos presos nas mesmas referências de sempre? Se você leva um case-incrível-da-nova-zelândia para o seu diretor de criação ver que resposta espera ter?

“Muito legal, mas já foi feito.”

É por isso que B9 deixou de ser há algum tempo um blog que fala exclusivamente de publicidade, com a obrigação de ter alguma marca envolvida, para falar de criação como um todo. A criatividade, em qualquer forma e meio, e que julgarmos interessante compartilhar, é que hoje faz parte do dia a dia do site.

Cada post é o fruto do trabalho de mentes criativas mundo afora, seja em formatos consagrados e populares ou em terrenos inimagináveis, mas que irá servir de fato para inspirar os leitores. Isso é o que tentamos fazer aqui no Brainstorm9 todo dia, de maneira informal, passional e com o critério que depende única e exclusivamente de cada editor e colaborador.

No fim desses 9 anos, eu me sinto muito feliz e satisfeito por naquele 18 de novembro de 2002, por volta de 18h, ter feito upload de uma template meia-boca pro Blogger e começado a escrever estritamente o que me desse vontade (e assim continua até hoje). Sinto que cresci, e ainda me surpreendo todos os dias como esse blog é lido e indicado pelas pessoas.

Depois desses 9 anos, o bom humor em acordar todo dia pra “trabalhar” e o fim da típica depressão de domingo não tem preço. Ainda que seja difícil explicar pra família o que é exatamente o que eu faço, espero que o meu filho que virá daqui alguns meses tenha orgulho de mim no futuro, com tudo o que o B9 pode derivar ou mesmo que amanhã eu descubra que não foi nada disso

E além daquele agradecimento anual a todos os leitores, que ajudam a criar aqui diariamente uma comunidade de criativos, gostaria de destacar o trabalho e dedicação de todos os editores e colaboradores, sem os quais o B9 seria só mais um solitário na multidão: Solon Brochado, Mauro Amaral, Amanda de Ameilda, Fábio M. Barreto, Rafael Merel, Bob Wollheim, Nícolas Vargas, Rodrigo Franco, Rodrigo Zannin, Luiz Yassuda, Maria Ligia, Daniel Sollero, o cara que sempre apoiou de longa data Cristiano Dias, e o cara que hoje eu chamo com gratidão de Merigo 2, Saulo Mileti.

Valeu!

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negocios.b9.com.br
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