Cannes Lions 2022: fluidez, criatividade e esperança com Harris Reed

CANNES, FR – Comecei meu segundo dia aqui em Cannes sendo apresentada a Harris Reed, uma designer britânica trans de 26 anos que mal saiu da faculdade e já e um sucesso retumbante (vestindo celebridades como Adele, Emma Watson, Harry Styles e Lizzo), além de ter vestido Iman para o Met Gala deste ano.

Harris subiu ao palco na posição de ZEO do Edelman Gen Z Lab, uma iniciativa que conta com mais de 100 funcionários trabalhando em insights e campanhas para marcas que desejam de fato ser relevantes para esta geração, que já é a mais influente nas decisões de compra por ai. 

Ela conta que esta geração cobra das marcas

1. Coerência – elas tem que alinhar valores, discursos e dinheiros. E sim, isso não é la grande novidade – mas vale o lembrete, sempre. 
2. Mais entendimento sobre o processo atraves do qual elas chegam aos seus resultado – e como / se ele envolve aspectos de sustentabilidade, diversidade, ética nas decisões tomadas ao longo do percurso 
3. A naturalização de temas e assuntos antes considerados “delicados”. Ou tabus. 

Harris falou bastante sobre como ela tem colaborado com marcas, pessoas e a sociedade – com a Oxfam, pra quem ela desenhou uma coleção “upcycled” de vestidos de noiva, ela inclusive criou um novo conceito – a demi-couture (ao inves de haute couture, ou alta-costura, uma peça de demi couture tem o capricho e a singularidade de uma peça única, mas tem valor mais acessível). 

Ele fez uma citação que eu adorei e que repito aqui: a de que aprendeu com um colega que a gente precisa ser “powered by hope”. Que não importa os perrengues que a gente passe, tenos que lembrar que há alguma luz no fim do túnel. Um ótimo jeito de começar o dia por aqui.